Diretoria de Relações Institucionais e Parlamentares

Durante Audiência Pública realizada ontem (19) pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados sobre o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural, foi enfatizada a necessidade de criar condições de vida digna para manter os jovens no campo. Os participantes destacaram a infraestrutura, especialmente a conectividade à telefonia e internet, como um aspecto essencial para esse objetivo. A coordenadora nacional de Juventude Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Maria Eduarda Vasconcelos, ressaltou que além de trabalho e renda, é fundamental oferecer acesso à cultura, esporte e lazer.

Maria Eduarda, uma jovem de 24 anos que viveu em um assentamento na Paraíba, participa do grupo de trabalho do Governo Federal que está desenvolvendo o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural. Este grupo foi criado no final do ano passado, e o plano está previsto para ser entregue na Semana da Juventude, em agosto. Ela enfatizou que o campo precisa oferecer um ambiente inclusivo e cheio de possibilidades, com acesso à internet e espaços que acolham todas as juventudes, destacando a predominância masculina no campo.

O deputado Zé Silva (SD-MG), autor do pedido para o debate, é relator do PL 9263/2017, que estabelece a Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural. Ele destacou a importância de o campo ser um lugar onde as pessoas possam viver felizes e realizar suas perspectivas de vida, com acesso a políticas públicas que garantam condições semelhantes às das cidades, como educação, esporte, lazer, energia elétrica e serviços de telefonia.

O professor Elias Rodrigues de Oliveira Filho, diretor-geral do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Arinos, apontou a infraestrutura como o maior desafio para a permanência dos jovens no campo. Isabel Cristina Lourenço da Silva, da Anater, acrescentou que uma parte significativa dos recursos da agência é destinada a mulheres e jovens, evidenciando a prioridade dada a esses grupos nas políticas de assistência técnica e extensão rural.

Por fim, a sucessão rural foi apontada como fundamental para garantir a continuidade das atividades agrícolas e a segurança alimentar do país. Políticas públicas efetivas são necessárias para proporcionar qualidade de vida no campo. A formação de jovens para compreender comercialização, custos de produção e crédito é essencial, assim como programas de acesso à esporte e educação à distância, que incentivam a permanência e o desenvolvimento das comunidades rurais. O cooperativismo também desempenha um papel crucial na organização da produção e acesso a recursos, contribuindo para a transformação da realidade rural.

Assessoria Parlamentar – CONAFER

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