A agricultura orgânica, também conhecida como produção orgânica, tem por base causar os menores danos possíveis ao biossistema. Esse fundamento ajuda a entender um pouco sobre as técnicas usadas no manejo orgânico, que usa culturas baseadas nos processos biológicos presentes na natureza.
Ou seja, a agricultura orgânica consiste em um processo de plantio o mais natural possível e livre de produtos sintéticos, como fertilizantes ou agrotóxicos. Para isso, são utilizados adubos orgânicos gerados pela compostagem, racionamento de água, entre outros métodos.
Em meados dos anos 20 nasce a primeira definição de Agricultura orgânica através do britânico Albert Howard . Os estudos de Albert frisavam que o ideal de plantação para preservar o solo seria utilizar matéria orgânica. Dentre os vários métodos estudados por ele, foi verificado que essa modalidade é positiva tanto para a natureza quanto ao ser humano, consumidor final de toda a cadeia de produção.
Na década de 70 ocorreu uma vasta disseminação desse fora de plantar nos Estados Unidos. Por aqui em nosso país essa forma de agricultura só começaria a dar seus passos na década seguinte. A preocupação com a qualidade dos alimentos e consequentemente a qualidade de vida , junto aos princípios de preservação da natureza alavancou o uso da agricultura orgânica em no Brasil.
A princípio, o que era um estilo adotado exclusivamente por produtores de frutas e hortaliças se popularizou pouco a pouco como alternativa sustentável à produção convencional. Por isso, vemos, com mais frequência, a presença de alimentos orgânicos nas prateleiras dos mercados.
Segundo dados do IPEA, a agricultura orgânica no brasil apresenta números surpreendentes, pois somos os maiores produtores de arroz orgânico de toda a América Latina, produzindo mais de 27 mil toneladas ao ano. Além disso, também lideramos a produção mundial de açúcar orgânico.
Quais são os processos na agricultura orgânica?
Vimos acima o que é agricultura orgânica e agora vamos compreender mais a respeito de como funciona esse sistema sobre como esse sistema funciona. Uma de suas principais características é que ela adapta sua produção ao clima , relevo e espaço do ambiente em que está situada. Como citado no primeiro tópico, na produção é utilizado adubo natural, dispensando-se o uso de praguicidas ou qualquer outro tipo de produto químico. Outro ponto importante quando falamos em plantio orgânico é a rotação de cultivo, onde varia-se o que é plantado naquela área.
Alimento convencional e alimento orgânico. Principais diferenças.
Os alimentos orgânicos não contém agrotóxicos e químicas prejudiciais à saúde. Uma das principais vantagens é o fato de terem diferenças nutricionais significativas em sua composição se comparados com alimentos convencionais. Inúmeros estudos foram realizados visando mensurar essas diferenças. Desses estudos, constata-se que houve um aumento considerável de vitaminas e nutrientes.
Economicamente, quem se sai melhor? O alimento convencional ou o alimento orgânico?
Em relação à saúde, os produtos orgânicos dispõem de mais garantia ao consumidor nesse aspecto. Consumidores estes que têm uma preocupação com a ética ambiental, e social daquilo que compram. Consequentemente, devido a toda cadeia de produção diferenciada envolvida, no fim das contas os produtos orgânicos acabam indo para as prateleiras com um valor mais caro em relação aos produtos convencionais. Levando-se em conta essa produção com custo elevado pois depende das mais complexas técnicas , os produtos orgânicos acabam sendo consumidos pelas classes sociais mais abastadas que vivem nos grandes centros urbanos.
Assim, urge a necessidade de novas políticas públicas e regulamentação visando incentivar a produção orgânica. Uma forte legislação que proteja e apoie esses pequenos produtores, resultando em preços mais competitivos em comparação com aqueles praticados pela agricultura tradicional.
Via de regra a agricultura orgânica é praticada por pequenos produtores, entretanto já existem grandes empresas focando na produção de alimentos orgânicos, voltadas a suprir a demanda de um tipo específico de consumidor que faz questão de pagar mais caro por eles e é motivado por questões ideológicas , ambientais e de bem-estar.
Há também nesse mercado a presença cada vez mais constante de empresas ligadas a algum tipo de denominação religiosa. São denominações que possuem crenças voltadas para a preservação do meio ambiente e da saúde humana.