da Redação

A lei da economia clássica, da Oferta e Procura, criada por Adam Smith, pode explicar as variações de preço e quantidade das hortaliças no mercado atacadista nacional, e consequentemente, na ponta final onde está o consumidor, pois a boa oferta tem influenciado a queda de preços de legumes e verduras em todo o país; batata e cebola apresentaram as maiores reduções, com algumas Ceasas analisadas pela Conab apontando uma diminuição de mais de 30%; esta variação de preços é resultado direto do avanço das colheitas, ao mesmo tempo em que por conta da pandemia, houve diminuição no consumo das famílias

Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF)

Na Ceasa de Curitiba, um dos mercados analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, houve queda acentuada do alface (-16,84%), batata (-13,22%), cenoura (-10,32%) e o tomate (-6,64%), sendo que a cebola teve alta (2,17%). Em relação às frutas, a banana teve diminuição de preço (-3,64%), assim como a maçã (-26,16%), a laranja apresentou alta (3,83%) e a melancia também (6,92%). A maior alta foi do mamão (54,13%). A queda da colheita de frutas na maioria das regiões produtoras foi determinante para a elevação de algumas culturas.

O fato é que os preços de comercialização das hortaliças registraram queda no último mês na maioria das Centrais de Abastecimento, as Ceasas, em todo o Brasil. Batata e cebola apresentaram as maiores reduções. Em algumas das Ceasas analisadas pela Conab, a diminuição para esses produtos ultrapassou a casa de 30%.

Já a cenoura chegou a ficar 15,32% mais barata no atacado em Minas Gerais. Para o tomate, o movimento de preços não foi uniforme nas Ceasas, indo de uma contração de 25,12% em Belo Horizonte até uma elevação de 21,34%, registrada em Rio Branco. Os dados estão no 7º Boletim Prohort, divulgado nesta quinta-feira 15.

No caso da cenoura e da batata, o declínio das cotações é um movimento verificado desde o início deste ano, mesmo que algumas altas pontuais tenham sido registradas. Para o tubérculo, o aumento de oferta do produto, devido à intensificação da safra das secas e início da entrada da safra de inverno, influenciou a queda de preços verificada.

Para julho, a tendência é que esta redução continue, mas a intensidade dependerá da ocorrência de alguma chuva nas áreas produtoras, o que pode dificultar a colheita, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do país.
Já para a raiz, a queda nos preços se justifica pela boa performance da produção na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, em função das condições climáticas favoráveis. É preciso ressaltar que o cenário não está sendo favorável ao produtor neste ano, o que pode influenciar na área plantada para a próxima safra.

Frutas

Dentre as frutas analisadas pela Conab, destaca-se a redução de preços para a laranja, explicada pela baixa demanda, aliada à menor qualidade das frutas e o tempo frio em diversas regiões do país. No movimento contrário, a maçã teve alta nas suas cotações. A elevação é influenciada pelo maior controle de oferta da fruta pelos classificadores em meio ao fim da colheita da variedade fuji. Nos próximos meses, os preços podem ser mantidos e terem pequenos aumentos de acordo com a capacidade dos classificadores em controlar a oferta via utilização das câmaras frias. Já as exportações dessa fruta nos seis primeiros meses deste ano subiram 79,72% em relação ao primeiro semestre de 2020, chegando a um volume comercializado de 92,90 mil toneladas.

Nova Ceasa no Acre

Neste mês, a Conab inclui no Boletim as informações de comercialização da Central de Abastecimento do Acre. Com isso, o Boletim Prohort passa a contar com, pelo menos, um mercado atacadista de cada região do país.

Os dados disponibilizados pela Ceasa de Rio Branco podem ser acessados na página da internet da Conab, onde é possível consultar informações sobre a origem do produto, preços e volume físico e financeiro de comercialização, com possibilidade de confecção de gráficos, mapas e análises mais detalhadas. O sistema contempla 93 frutas, 103 hortaliças, somando mais de 500 hortifrutis, quando se consideram as variedades. Outras informações sobre a comercialização de frutas e hortaliças podem ser acessadas na íntegra do boletim disponível no site da Companhia.

Com informações das assessorias de comunicação da Conab e do Mapa.

Compartilhe via:

Leave a Comment