da Redação
O Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Mapa, vai atuar por meio do Programa Arboretum na implantação de uma área de cultivo de café em consórcio com pau-brasil, no município de Teixeira de Freitas, na Bahia. A inserção do componente florestal em cultivos agrícolas traz benefícios ao solo e melhores condições microclimáticas, contribuindo para a sustentabilidade ambiental do sistema e para a conservação da biodiversidade. Além do cultivo do café, a área implantada na Fazenda Bom Retiro produzirá sementes selecionadas de pau-brasil para desenvolvimento do cultivo da espécie e madeira no final do ciclo. O Programa Arboretum vai ofertar os insumos (mudas, adubação e hidrogel), assistência técnica e monitoramento, enquanto o proprietário agrofamiliar trabalha na manutenção da área
A parceria com proprietários rurais e comunidades é crescente no âmbito do Arboretum. O objetivo é fomentar as cadeias econômicas florestais ao lado da conservação e da valorização da biodiversidade florestal. A Fazenda Bom Retiro também tem parceria com o Arboretum em áreas de restauração, e é considerada referência em sustentabilidade e inovação.
O Centro de Desenvolvimento Florestal Sustentável Programa Arboretum também está implantando um viveiro florestal de pau-brasil na Bahia. A iniciativa, que conta com apoio da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Prefeitura de Itamaraju, será desenvolvida no âmbito do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Pau-Brasil. O Arboretum irá oferecer assistência técnica e apoio logístico em comunidades rurais nas ações de produção de sementes florestais e mudas.
O viveiro do Pau Brasil visa ser referência na produção dessa espécie e irá possibilitar uma alternativa de geração de renda para as famílias do PDS, que é o local da maior população de pau-brasil conhecida, registrada pela Ceplac. Atualmente, o Arboretum já atua por meio de um Núcleo de Coleta de Sementes No PDS Pau-Brasil.
O Arboretum é um programa interinstitucional viabilizado e apoiado pelo Ministério Público do Estado da Bahia, sob a coordenação técnica e executiva do Serviço Florestal Brasileiro. A gestão é feita por um conselho que reúne instituições públicas de controle, pesquisa e normatização: SEMA-BA, UNEB, IFBaiano, Embrapa e CNCFLORA-JBRJ. Foi reconhecido como o primeiro Centro de Desenvolvimento Florestal Sustentável-CDFS no âmbito do SFB em 2018.
Por meio do CDFS Programa Arboretum, já estão sendo apoiadas a implantação e manutenção de agroflorestas. A ideia é conciliar a recomposição florestal com a produção de alimentos, especialmente cacau e banana em áreas de agricultura familiar.