da Redação
O presidente da CONAFER, Carlos Lopes, costuma falar em seus encontros com lideranças indígenas, que “só tem condição de futuro aquele que respeita o seu passado, e a partir do respeito ao que ele é, e ao que somos, é que teremos um amanhã”. Foi com este espírito de contribuir para o futuro dos povos originários, que a Confederação recebeu em sua sede na capital federal, o senador Izalci Lucas (PSDB) e lideranças indígenas pataxó. A Confederação tem um enorme respeito pela cultura e as tradições dos povos originários. Mais do que isso, a entidade tem um compromisso de trabalho com as questões indígenas, pois conforme a Lei 11.326 de 2006, todos são agricultores familiares, portanto, fazem parte do segmento mais importante do campo, pois integram a força econômica que alimenta quase 80% das famílias brasileiras todos os dias, contribuindo para a nossa segurança alimentar
A Confederação entende que uma das suas missões nos territórios indígenas, é fomentar o desenvolvimento socioeconômico das aldeias por meio de capacitação técnica para aumento da produção agrícola, estímulo ao empreendedorismo rural, e ao mesmo tempo, com parcerias e ações de resgate das culturas ancestrais, atuando estrategicamente dentro das comunidades, mantendo uma política de fortalecimento das etnias, formando uma rede forte e autônoma dos povos originários.
Assim, a CONAFER atende as demandas das comunidades indígenas, desde o cultivo de diversas culturas até o resgate das expressões linguísticas e formas de arte, na releitura de suas histórias e ancestralidades, promovendo a riqueza da sua culinária sustentável e a medicina curadora da floresta.
No encontro com o senador Izalci Lucas, o presidente Carlos Lopes e os líderes pataxó levaram as demandas dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que mostraram a atuação da Confederação em diversas aldeias por todo o país, dimensionando a atuação da CONAFER em diversos programas, como o +Pecuária Brasil com os indígenas wapishana de Roraima, ações de empreendedorismo com os maxacali em Minas Gerais, projetos de produção com os pataxó na Bahia e muitas outras ações com etnias de todo o Brasil.
O senador ouviu atentamente as explicações e depois de conhecer os programas, firmou um compromisso de trabalhar junto na construção de novos programas, assim como atuar politicamente na defesa dos povos originários no Congresso. Com o Projeto de Lei 191/20, que permite a mineração em terras indígenas, e com grande risco de ser aprovado, todo apoio às causas indígenas sempre é bem recebido pela Confederação.
É sempre importante lembrar da busca por uma reparação histórica pelos danos e atrocidades cometidos contra os nativos do Brasil, desarmando o espírito da derrota para armá-lo com a energia dos vencedores, dos cantos das florestas e dos rituais da celebração de um pacto de cooperação entre todos os brasileiros, nativos e não nativos, este sim um poderoso instrumento de sabedoria e força política para avançar na retomada de rios e matas, de praias e cerrados, da rica biodiversidade e riqueza cultural, pelo reconhecimento da autonomia do povos indígenas pelo Estado brasileiro e organismos internacionais.