O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quinta-feira (21), o projeto de lei que oficializa o Dia da Consciência Negra como feriado nacional. A data, celebrada em 20 de novembro, marca a morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares e visa conscientizar a população sobre a cultura e a luta dos povos negros no Brasil.
Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares e um símbolo vivo de resiliência contra a opressão no contexto do Brasil colonial. Nascido no Quilombo em 1655, Zumbi tornou-se uma peça fundamental na missão pela liberdade dos africanos e seus descendentes escravizados, ao liderar a resistência negra no século XVII.
Anteriormente reconhecido como feriado em seis estados e em cerca de 1,2 mil cidades, o Dia da Consciência Negra agora será comemorado em todo o território brasileiro a partir de 2024. A iniciativa partiu da recém-formada bancada negra da Câmara, que apresentou o projeto aprovado tanto pela casa legislativa dos Deputados quanto pelos Senadores.
A oficialização do Dia da Consciência Negra como feriado nacional é um marco significativo na valorização da história e das raízes culturais da população brasileira. Além de honrar a memória de Zumbi dos Palmares, a data destaca a importância do conhecimento sobre a história escravagista, promove a conscientização sobre a diversidade étnica e mostra a necessidade contínua de combate ao racismo.
Ao reconhecer a contribuição histórica de Zumbi e do Quilombo dos Palmares na luta pela liberdade dos povos africanos trazidos para o Brasil, o feriado admite as mazelas da cultura escravocrata e reforça a importância de uma sociedade justa e inclusiva. O Dia da Consciência Negra não é apenas um feriado para ser celebrado, mas também um convite à reflexão sobre os desafios enfrentados pela população negra e o compromisso coletivo de construir um futuro antirracista.