Após acordo comercial com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, e reuniões bilaterais na COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes, muitas possibilidades de expansão da CONAFER pelo mundo estão sendo avaliadas. Na irmã África, a Confederação já iniciou as tratativas para internacionalizar a sua gama de produtos e serviços desenvolvidos em nosso país. E o leste africano saiu na frente para receber a bio reprodutividade em suas propriedades agrofamiliares por meio do +Pecuária Brasil. Depois de chegar nas 5 regiões do país, e em mais de 3,5 mil cidades brasileiras, é a vez de levar o maior programa genético da bovinocultura nacional para outros continentes. Pelo desenho planejado na Confederação, o início será no Quênia e Ruanda, partindo destes países e avançando para o Burundi, o sul do Sudão, depois Uganda e Tanzânia. A África não tem tradição na produção pecuária mundial, portanto, carece de programas de genética que possam aumentar a sua produção bovina, de corte e leite. Com a chegada do +Pecuária em território africano, abre-se a possiblidade real do início de uma mudança de paradigma, e assim dar relevância aos africanos na bovinocultura mundial
O objetivo inicial é levar o +Pecuária para o leste da África, e depois dar outro passo em direção ao sul do Continente, onde existem muitas fazendas que precisam de melhoramento genético. Botswana é um destes lugares, que inclusive já demonstrou interesse em poder se relacionar com a CONAFER, e na sequência adquirir a genética bovina.
À direita (blazer cinza), o especialista em direito ambiental aplicado a Finanças Verdes e consultor da CONAFER na África, Davi Molinari Fêo
Davi Molinari Fêo, empresário com experiência em genética bovina e especialista em direito ambiental aplicado a Finanças Verdes, é consultor da CONAFER para o leste africano e conhece a região desde 2012. Davi Fêo está fazendo as tratativas para dar início ao projeto de melhoramento genético bovino na África. Outro programa importante para ser levado aos pecuaristas africanos é o recém-lançado +Genética no Sertão, criado especialmente para o Nordeste brasileiro, e que deve ser expandido para o resto do país. Na África, existem muitos criadores de ovinos e caprinos como alternativa à produção bovina ainda carente de bons níveis de produtividade, e portanto, abre-se uma oportunidade para o +Genética avançar junto com o +Pecuária em muitos países africanos.
A África Oriental ou o leste africano é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Seicheles, Moçambique, Somália e Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabué, Zâmbia e Maláui
Davi Fêo conta que existe uma grande demanda por inseminação artificial nas pequenas propriedades do leste africano. O sucesso do +Pecuária no Brasil atraiu o interesse de muitos produtores africanos, e que estão na expectativa de conhecer o programa, e assim, desenvolver um projeto de melhoramento genético local. Já em processo avançado de diálogo com produtores e o mercado bovino em muitos países da África, Davi Fêo reconhece que “por tudo que está acontecendo, certamente tem muitas outras áreas em que a CONAFER pode atuar aqui na África, além da pecuária”.
Então, este primeiro braço pecuário no leste africano é mais um caminho para uma CONAFER global. “Então, praticamente a gente está desenhando uma atuação em dois países principais, seria o Quênia e a Ruanda, e a partir desses países a gente vai expandir o projeto para o Burundi, para o sul do Sudão, para a Uganda e para a Tanzânia. Isso abarcaria todo o leste da África, e aí projetamos expandir uma parte para o sul africano, onde temos excelentes contatos com os produtores locais, como por exemplo com Botswana, um país sem costa marítima, com uma paisagem definida pelo deserto Kalahari e pelo delta do Okavango”, finalizou Davi Fêo.
O +Pecuária Brasil
O programa +Pecuária Brasil é uma parceria entre a CONAFER e a Alta Genetics, empresa líder mundial em inseminação, desempenhando um papel fundamental na melhoria das condições socioeconômicas da pecuária familiar em todas as 5 regiões brasileiras, 27 estados e 3,5 mil cidades. O programa se transformou em símbolo de uma nova realidade no campo. Um novo cenário em que a qualidade do rebanho e o crescimento da produção do gado, tanto de corte quanto de leite, subiram de patamar, contribuindo para o aumento da renda dos pequenos produtores e do crescimento de todo o segmento da bovinocultura brasileira.
Presente hoje em 3,5 mil municípios, o +Pecuária deve gerar o nascimento de mais de 1 milhão de bezerros até 2026
Depois de 2 anos do primeiro acordo de cooperação técnica efetivado pelo +Pecuária Brasil, os resultados impressionam. Recentemente nasceu o bezerro de número 10 mil do programa. Após o décimo milésimo, outros 22 mil bezerros devem nascer em breve. Uma das principais características que tornam o programa +Pecuária Brasil tão eficaz é a assistência técnica gratuita especializada aos produtores familiares. O produto final é a efetiva prenhez do animal. Os produtores também têm acesso às orientações de especialistas que permitem implementar práticas modernas de manejo, nutrição e sanidade animal. Isto é fundamental na saúde do rebanho, melhorando a produtividade. Um programa totalmente sustentável e que contribui para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
+Genética no Sertão
O sucesso do +Pecuária Brasil se estende agora para o semiárido brasileiro. Uma região imensa formada pelos estados nordestinos e uma parte de Minas Gerais. Um bioma marcado pelas dificuldades históricas de produção devido às secas, e que vai passar a receber uma grande dose de tecnologia para impulsionar a bio produção de caprinos e ovinos, em milhares de cidades.
A bio tecnologia da inseminação artificial do +Genética no Sertão vai atuar no aumento de produção de arrobas por hectare dos rebanhos, no rendimento da carcaça, na fertilidade, na eficiência alimentar, na resistência a doenças, no crescimento socioeconômico e socioambiental de toda a cadeia produtiva O melhoramento genético diminui o custo enquanto aumenta a produção sustentável dos rebanhos. Ganham os produtores e o meio ambiente.