Charge por Matheus Sales (Gordão) para UNC
O homem “branco” do norte (com aspas mesmo, porque mestiços são a regra) se acha no direito de tacar fogo em pertences alheios, só porque as pessoas em questão não são de seu país. Ele reflete em seus atos o medo que tem do diferente, expondo sua grande covardia para quem quiser ver. O preconceito e a xenofobia que tomou conta da fronteira da Rondônia com a Venezuela dominou as notícias alguns dias atrás, e em meio à tanta descrença surgiu um ponto de luz. A solidariedade veio de quem menos se esperava: indígenas de diversas aldeias cederam suas casas, sua comida e sua companhia a diversos migrantes venezuelanos. Os verdadeiros donos da terra foram os primeiros a dividi-la com aqueles em necessidade. Aqueles que só pensavam no próprio umbigo acabaram mostrando os dentes como as víboras que são. Os índios estendiam a mão enquanto os “cidadãos de bem” marchavam com tochas. Adivinha qual grupo ainda chamam de não-civilizados? Pois é…
A Confederação da Agricultura Familiar