Por Redação UNC

Entre Caçapava e Taubaté em São Paulo, na beira da Rodovia Dutra, fica o Acampamento Terra Prometida da UNC, um exemplo concreto de luta e modelo de organização. O lugar marca a resistência de 170 famílias, que permanecem ali há quase 08 meses, vivendo sob barracos de lona, sem energia e sem água, enquanto aguardam decisão do Governo do Estado sobre área prometida pelo INCRA.


O território pelo qual as famílias lutam é a “Fazenda Estábulo 2” da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Ironicamente, essa área de 410 alqueires que deveria servir como campo de pesquisas para melhorar a vida do trabalhador rural segue abandonada e negligenciada pelo governo do estado há anos. As famílias da UNC lutam para que essa terra seja oferecida à Reforma Agrária e que elas possam, através de seu trabalho, torna-la produtiva mais uma vez.


Depois da oitava reintegração de posse e muita resistência das bravas guerreiras e guerreiros da UNC, uma reunião com o INCRA foi finalmente agendada e realizada no começo de agosto. Para discutir a questão da área estavam presentes o superintendente do INCRA, Édson Fernandes, o chefe de obtenções, Luciano Silva e as lideranças e dirigentes estaduais do movimento: Thales Ramos, Antônio Carlos e Marcos Amad.

Segundo o INCRA, essa área da APTA teria sido prometida pelo ex-governador Geraldo Alckmin junto com outras onze, mas que até o dia em que abriu mão de seu cargo para concorrer à presidência não havia encaminhado nenhuma delas. O INCRA falou que já está com orçamento, equipe burocrática e pessoal da vistoria tudo pronto para fazer a negociação ir pra frente, que para encaminhar as coisas só faltaria uma reunião com o atual governador de São Paulo, Márcio França (e também candidato ao governo pelo PSB).
A promessa foi que uma reunião seria agendada entre os dias 11 e 24 de agosto. Hoje, dia 27 de agosto, ainda não obtivemos resposta do Sr. França, mas estamos dispostos a conseguir.





As quase 200 famílias que sobrevivem sob condições precárias não estão dispostas a recuar nem um centímetro, e se o governo continuar com o descaso, fecharemos a Dutra novamente, enfrentaremos a nona e a décima reintegração, gritaremos até ele ouvir. Aqui somos um povo feliz, humilde, trabalhador e muitas vezes até tímido, mas quando é preciso sabemos muito bem chamar a atenção. Avante à Terra Prometida! Avante UNC!


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