da Redação
Quase metade das propriedades da agricultura familiar são comandadas por mulheres. Apesar do crescimento da participação feminina no campo a cada ano, muito ainda precisa ser conquistado por quem alimenta um país inteiro com sua força de trabalho
O empoderamento feminino vem crescendo com safras recordes ano após ano. As novas gerações de agricultoras familiares têm transformado a vida no campo e nas cidades com sua atuação, organização e sensibilidade para produzir não apenas mais alimentos, mas um novo modo de vida no meio rural.
A cada dia, novas agricultoras são incorporadas às milhões de mulheres lavradoras, agropecuaristas, pescadoras, extrativistas, indígenas, quilombolas, produtoras rurais conectadas com as mudanças que acontecem no mundo.
Mas é da união da experiência e conhecimento da terra, protagonizado por mães e avós, somado ao novos saberes da produção e das tecnologias que as agricultoras mais jovens oportunizam, que se molda a nova mulher agricultora, agora muito mais empreendedora e autônoma.
Participação feminina no campo é cada dia mais forte e decisiva
A cada década, as mulheres se aproximam ainda mais dos homens, em termos de participação no ofício de agricultar. No primeiro trimestre de 2020, eram 5,6 milhões de mulheres empregadas no setor e 12,3 milhões de homens. De acordo com o Censo Agropecuário feito pelo IBGE em 2017, o número de estabelecimentos rurais administrados por mulheres teve um aumento de 38% desde a metade dos anos 2000.
A história do patriarcado brasileiro foi ainda mais cruel com as mulheres do campo. Esta forma de organização social determinou um déficit de liberdade e autonomia das mulheres em relação aos homens, que só nas últimas décadas vem diminuindo.
Hoje, nas suas relações sociais, econômicas e culturais, as mulheres atingiram um progresso enorme pelo seu empoderamento. É o empreendedorismo feminino que cresce a cada dia, a cada nova safra, a cada nova produção, a cada novo crédito que chega para o seu desenvolvimento sócio-econômico. Esta valorização do trabalho feminino é a maior novidade da agricultura familiar.
Tanto no agronegócio como no segmento agrofamiliar, as mulheres estão se tornando protagonistas de sua própria história. Aprendemos na vida que a mulher é a nossa grande referência de luta, de coragem, de determinação, de resiliência, de amor e na geração da vida. Por isso, as mulheres geradoras da agroecologia que produz todos os tipos de alimentos, carregam em si toda a força e o talento para cuidarem da terra, nela empreenderem e gerarem as melhores colheitas.
A CONAFER reconhece e agradece ao trabalho de todas as agricultoras brasilieiras, avós, mães, filhas, mulheres que alimentam e nutrem, diariamente, um país inteiro.