da Redação

Em Pau Brasil, 420km de Salvador, agricultores da etnia Pataxó Hã-hã-hãe já encontram na produção de frutas e legumes o início de um novo tempo na produção agroecológica no território

Um bom exemplo de luta, força e traballho pela agricultura familiar pode ser encontrado na região de Água Vermelha, território Caramuru-Paraguaçu, em Pau Brasil, sul da Bahia.

Os agricultores Luzeni Vieira dos Santos, Maria Eunice Vieira dos Santos e Luiz Carlos plantam e colhem uma diversidade de alimentos, mesmo enfrentando, de sol a sol, diversos obstáculos para a sua produção.

As agricultoras familiares Maria Eunice e Luzeni Vieira

Apesar das dificuldades encontradas para a demanda, o escoamento e a logística, desde o transporte e chegada aos locais de venda, os agricultores seguem semeando luta e esperança, palavras de ordem em tempos de pandemia e crise econômica.

Neste trabalho de grande dedicação, o rio Água Vermelha é um aliado, pois é por meio dele que os produtores familiares conseguem um ambiente propício para a produção hortifrutigranjeira dos Pataxó.

O secretário de Políticas Estratégicas e Linguagens dos Povos Originários, Lucas Santana, tem acompanhado a produção nas lavouras, levando a assistência e o apoio da CONAFER para alavancar estas experiências.

O agricultor familiar Luiz Carlos é só felicidade ao lado do secretário de Políticas Estratégicas e Linguagens dos Povos Originários, Lucas Santana

Segundo Lucas Santana, “é a força da terra que inspira a todos na hora de cuidar do terreno, de semear e colher o resultado da produção”.

Os agricultores conseguem colher semanalmente, em média:

3 caixas de limão
20 pacotes de ervas naturais
2 caixas de alface
1 caixa de coentro
2 caixas de chuchu
10 pacotes de couve-flor
2 caixas de laranja
53 abóboras
1 caixa de banana da terra
1 caixa de banana prata
5 litros de corante
1 litro de açafrão
1 litro de pimenta malagueta
1 litro de pimenta de cheiro
1 litro de paçarinha
15 pacotes de feijão andu
15 pacotes de feijão mangalô
E mais: mastruz , alecrim, hortelã, boldo e alfazema.

Essa produção toda rende aos agricultores cerca de R$ 380 por semana. Ou aproximadamente R$ 1,6 mil mensais. Com a implantação de novas culturas, programas e projetos agroecológicos, a ideia é que em breve a produção seja bem maior, e os lucros das vendas muito mais significativos.

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