A boa notícia deste início de ano é a iniciativa entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a ONU, que por meio do seu Programa Mundial de Alimentos (PMA), proporcionará o acesso dos pequenos produtores brasileiros às compras realizadas pelas Nações Unidas. A ideia é levar a experiência do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que adquire a produção dos agricultores familiares para distribuir a entidades socioassistenciais e equipamentos públicos, para o Centro de Excelência do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, viabilizando a compra da produção da agricultura familiar brasileira na busca pelo fim da fome no mundo

A aliança global contra a fome é uma das prioridades do Brasil enquanto preside o G20. Na última sexta-feira (05), uma equipe do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), comandada pelo ministro Wellington Dias, dialogou com o diretor do Centro de Excelência do Programa Mundial de Alimentos (PMA) no país, Daniel Balaban, por um acordo para a compra da produção da agricultura familiar brasileira.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que adquire a produção dos agricultores familiares para distribuir a entidades socioassistenciais e equipamentos públicos, proporciona essa experiência com compras públicas aos participantes. 

“Acertamos a realização conjunta de um curso para qualificar os pequenos produtores para acessarem a venda de alimentos ao PMA. Veja, eles já vendem para o PAA, para a alimentação escolar. Por que não para o PMA? É garantir que a gente tenha condições de um acordo de cooperação que permita vários outros passos dentro dessa integração”, detalhou Wellington Dias.

Estima-se que cerca de 800 milhões de pessoas passem fome no mundo e o Brasil, como um dos maiores produtores de alimentos do planeta, pode auxiliar ainda mais no combate à fome para além de suas fronteiras.

“O Brasil, como grande produtor de alimentos, principalmente pelos pequenos agricultores familiares que têm uma produção enorme, tem uma função que pode ser também ajudar a acabar com a fome no planeta”, opinou Daniel Balaban.

A ideia é fazer com que os pequenos agricultores brasileiros se insiram no processo de venda de alimentos ao PMA, “para ajudar outras nações que estão passando por conflitos, por problemas climáticos, que não têm alimentos e que possam se alimentar com produtos de agricultores familiares do Brasil”, prosseguiu o diretor do PMA no país.

O PMA disponibiliza alimentos a aproximadamente 180 milhões de pessoas ao redor do planeta, em todas as regiões, diariamente, conforme informou Daniel Balaban. “Então, precisamos de muito mais, precisamos alimentar muito mais pessoas, porque são quase 800 milhões de pessoas, que infelizmente precisam desses alimentos. Nós queremos expandir, alimentar mais pessoas. E o papel do Brasil é fundamental para que nós possamos agir e salvar vidas ao redor do planeta”, destacou.

O acordo se insere no contexto dos esforços brasileiros, que em 2024 exerce a presidência do G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta, por uma aliança global contra a fome, pela redução da pobreza, por mais igualdade e pela redução dos impactos das mudanças climáticas.

“Imagine a gente, em breve, poder dizer que o que é produzido por agricultores familiares no Brasil, agricultoras e agricultores que estão no Bolsa Família, no Cadastro Único, está alimentando pessoas em situação de guerra ou atingidas por um terremoto, por exemplo”, projetou o ministro Wellington Dias.

Com informações do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

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