da Redação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta quinta-feira 9 de setembro de 2021, a relação dos produtos agrícolas com bônus de desconto em agosto para agentes financeiros operadores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os produtos com bônus de desconto nas operações e parcelas de crédito rural são: açaí (fruto), banana, borracha natural cultivada, cará/inhame, cacau cultivado, castanha de caju, cebola, feijão caupi, laranja, maracujá, manga e raiz de mandioca. Os estados que integram a lista deste mês são: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O recebimento de bônus ocorre quando o valor de mercado de algum dos produtos do Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar, o PGPAF, fica abaixo do preço de referência, permitindo ao produtor utilizar o valor como desconto no pagamento ou amortização nas parcelas de financiamento no Pronaf
A lista com os produtos e os estados contemplados pelo Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF) tem validade para o período de 10 de setembro a 9 de outubro deste ano, conforme a Portaria Nº 35, da Secretaria de Política Agrícola. Os descontos de todos os cultivos são calculados mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgados pelo Mapa.
Para mais informações entre em contato com a equipe técnica pelos endereços eletrônicos: pgpaf.spa@agricultura.gov.br ou pronaf.spa@agricultura.gov.br.
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Açaí (fruto)
O açaí é um fruto brasileiro cultivado predominantemente na região amazônica. Com cor escura, que vai do roxo ao preto, o fruto arredondado nasce em cachos e, na maioria das vezes, em locais com solos mais úmidos ou alagados. Mesmo sendo um fruto característico da Região Norte do país, o açaí se popularizou nacionalmente e é utilizado de diversas formas na culinária brasileira, já que possui muitas propriedades nutricionais. No Brasil, cerca de 90% da produção está no estado do Pará.
Banana
As bananas são classificadas como as principais culturas em termos de produção e comercialização entre as frutas tropicais. Segundo a FAO, a produção mundial de banana atingiu, em 2018, aproximadamente 115,7 milhões de toneladas. Nesse sentido, os quatro maiores produtores foram: Índia com 30,8 milhões de toneladas, China com 11,2 milhões, Indonésia com 7,2 milhões, e Brasil com 6,7 milhões de toneladas.
Borracha natural cultivada
Os países asiáticos, Tailândia, Indonésia, Malásia, China e Vietnã, são os mais importantes produtores mundiais de borracha natural, respondendo por cerca de 90% do total produzido. O Brasil é o maior produtor de borracha natural da América Latina e começou a produzir na época do extrativismo. A concentração desse cultivo em nosso país está principalmente nas regiões do Sudeste e Centro-oeste. Dentre estas o destaque vai para o Noroeste Paulista, maior região produtora nacional. No Brasil, a produção de borracha natural é responsável por gerar 80 mil empregos no campo e na indústria.
Cará/inhame
A maior produção de inhame no Brasil ocorre no Nordeste, principalmente nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Piauí. A produção de túberas comerciais pode alcançar as médias de 20 a 25 t/ha. Utilizando-se os sistemas de cultivo tradicionais, a produtividade fica entre 9 a 12t/ha. O principal trato cultural da lavoura de inhame são as capinas, que diminuem a incidência de pragas e doenças na plantação. O país é o segundo maior produtor de inhame da América do Sul.
Cacau cultivado
Com produção de cerca de 4 milhões de toneladas anuais e movimentação de US$ 12 bilhões, a indústria do cacau é responsável por empregar mais de 6 milhões de agricultores em todo o mundo. No Brasil, a produção de cacau é liderada pelo Pará e usa, principalmente, sistemas agroflorestais. A Bahia, que estava no topo desse pódio até 2017, também atua como protagonista no setor. Nos últimos cinco anos, calcula-se que a produção cacaueira teve crescimento de 25% no Brasil, totalizando cerca de 193 mil hectares plantados. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 249 declarando estado de emergência fitossanitária para a praga Moniliophthora roreri (monilíase do cacaueiro) nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A declaração visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. O estado de emergência será de um ano.
Castanha de caju
O Nordeste é a região onde se concentra a produção nacional do fruto. Até 2019, o principal produtor foi o estado do Ceará, com uma produção estimada de 83 mil ton, em segundo lugar, o estado do Piauí que produziu 25 mil ton, seguido pelo estado do Rio Grande do Norte que produziu 18 mil ton. Estes três estados representaram 89,4% da produção brasileira de castanha de caju, sendo toda a região nordestina representando 98,6% do total produzido no país.
Cebola
O Brasil está entre os 10 maiores produtores mundiais de cebola, com uma produção de 1.549.597 t na safra 2018, cultivadas numa área de 48.629 ha e rendimento médio de 31,95 t/ha. O valor bruto da produção naquele ano foi estimado em R$ 1,5 bilhão. Em 2017, Santa Catarina tinha mais de 20 mil hectares destinados ao cultivo de cebola, 36% de toda área plantada de cebola do país. Com a alta na produtividade naquele ano, o rendimento foi 46,9% superior ao da safra anterior – e o aumento na área plantada, os produtores colheram então a maior safra da história. No caso da safra 2020/21 de cebola do Sul, a seca reduziu a produtividade das lavouras colhidas, além de algumas áreas terem sido atingidas por granizo. Dessa forma, o volume tende a ser menor que o esperado.
Feijão caupi
Dados disponíveis na FAO (2009) sobre a produção mundial de feijão-caupi, no ano de 2007, indicam que a cultura atingiu 3,6 milhões de toneladas em 12,5 milhões de hectares. Produção esta alcançada em 36 países, destacando-se entre os maiores produtores a Nigéria, o Niger e o Brasil, respectivamente, os quais representam 84,1 % da área e 70,9 % da produção mundial. No Brasil, o feijão-caupi contribui com 35,6 % da área plantada e 15 % da produção de feijão total (feijão-caupi + feijão-comum).
Laranja
O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo, seguido por Estados Unidos, China, Índia, México, Egito e Espanha. Está presente em todos os estados da federação e também no Distrito Federal, mas sua principal produção está em um cinturão que vai do Paraná a Sergipe, passando por São Paulo, Minas Gerais e Bahia. março de 2020 que, em 2019, a quantidade produzida de laranja cresceu 5,62%. As variedade mais produzidas no Brasil são a valência, a valência folha murcha, a pera rio, a hamlim, a westin e a rubi. O estado de São Paulo é o maior produtor, responsável por 78,7% de toda produção nacional de 2017, de acordo com o Censo Agropecuário do IBGE.
Maracujá
No Brasil, em números absolutos, a área destinada à produção de frutos de maracujá, segundo o IBGE – Produção agrícola, em 2018, foi de 42.731 hectares, sendo esta área responsável por produzir cerca de 602.651 toneladas de frutos, com produtividade de 14.103 kg/ha. A Bahia continua sendo o principal produtor de maracujá, com 160.902 toneladas, seguida do Ceará, com 147.458 toneladas. Santa Catarina manteve a terceira posição, com 53.961 toneladas, destacando-se no cenário nacional pela quantidade e qualidade dos frutos produzidos.
Manga
A mangueira, quando enxertada e conduzida de acordo com os requisitos técnicos exigidos pela cultura, inicia a frutificação no segundo ano após o plantio. Mas a produção econômica ocorre só a partir do quarto ano. A manga brasileira tem no mercado interno seu principal destino. É comercializada quase que exclusivamente na forma fresca, embora também seja encontrada como compota, suco integral e polpa congelada. Na exploração da manga no Brasil convivem sistemas extensivos, em áreas esparsas, quintais e fundos de vales em pequenas propriedades, formando bosques subespontâneos; e sistemas tecnificados, normalmente irrigados e em extensas áreas, visando a produção de variedades selecionadas.
Raiz de mandioca
A raiz da mandioca é a parte mais utilizada da planta, sendo essa porção rica em amido. A mandioca é uma planta que possui grande valor nutricional. As raízes, parte mais consumida da planta, apresentam grande quantidade de amido, sendo, portanto, ricas em carboidratos e uma excelente fonte de calorias. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a produção brasileira de raiz de mandioca no mês de fevereiro de 2018 foi de 20,8 milhões de toneladas, cultivadas numa área de 1,4 milhões de hectares.
Com informação do Mapa e pesquisa de Márcio Taniguti.