As pesquisas para o 4° Levantamento da Safra de Café 2022 e 1º da Safra 2023 começam nesta segunda (7), e seguem até o dia 26 de novembro. Há 150 anos o Brasil é o maior produtor mundial de café. Segundo o Ministério da Agricultura, 80% da produção vêm da agricultura familiar. A cadeia cafeeira emprega mais de oito milhões de pessoas, o que mostra a força econômica desta cultura tão brasileira. O país é responsável por 30,4% da produção mundial, possui 11 regiões produtoras, 1,88 milhão de hectares plantados e produtividade média de 25 e 30 sacas por hectare. As equipes técnicas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão agora atualizar os dados de produção com uma ampla pesquisa. Participam ao todo nove estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso. Para o 1º Levantamento de 2023, a Conab voltará a monitorar a safra de café do Amazonas

A pesquisa inclui visitas às propriedades rurais, cooperativas e outras entidades parceiras. Serão levantadas informações a respeito da produção total de café da safra 2022, bem como os seus reflexos para o mercado, e a previsão da safra de 2023, considerando as variáveis climáticas, do manejo, da bienalidade da cultura, das condições de crédito rural e das perspectivas de mercado. 

Os dados consolidados constarão no boletim do 4º Levantamento da Safra de Café 2022, que será divulgado no dia 15 de dezembro no site da Companhia, e no boletim do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, a ser divulgado em 19 de janeiro. Atualmente, a produção de café está estimada em 50,38 milhões de sacas, conforme publicado pela Conab no 3° levantamento de 2022, divulgado em 20 de setembro.

O café na agricultura familiar brasileira

Pequenas propriedades de agricultores são responsáveis por 48% da produção de café no Brasil; a cafeicultura familiar emprega em torno de 1,8 milhão de pessoas. Nas pequenas produções de café, há o predomínio da agricultura de base familiar incluindo a força de trabalho, com produção em baixa escala e a contratação de trabalhadores assalariados no período da safra. 

Em regiões de elevada concentração de agricultores familiares, ocorre também a organização de mutirões para a colheita. As práticas agroecológicas da agricultura familiar valorizam muito o produto e permitem variações na composição final com cafés diferenciados e reconhecidos em todo o mundo por sua qualidade e também pelo elevado grau de sustentabilidade na produção. Por isso, a bebida mais consumida no mundo tem uma importante participação da agricultura familiar brasileira. 

Uma novidade no mercado é a produção de cafés especiais por sua qualidade e pela sustentabilidade na produção. Há uma enorme variedade de cafés de alta qualidade, muito em função das variedades de clima, tipos de solo e altitudes nos 7 principais estados produtores de café. Estudos mostram que não só os países desenvolvidos são os grandes consumidores de cafés especiais, como também os brasileiros têm se interessado cada vez mais por esses tipos de grãos. A diferenciação, impulsionada pelas exigências do mercado externo, aumenta o valor do produto final e traz novas oportunidades de negócio, tornando o mercado de cafés especiais bastante promissor.

Com informações da Conab e Cecafé.

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