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CAFÉ QUENTINHO: Safra 2025 do grão deve colher 51,8 milhões de sacas com queda de 4,4% em relação a 2024

A primeira estimativa da safra brasileira de café para 2025 aponta para uma produção total de 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, representando uma redução de 4,4% em relação à safra anterior. O levantamento, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (28), indica que a baixa bienalidade do cafeeiro, aliada às adversidades climáticas, impactou a produtividade. A agricultura familiar desempenha um papel significativo na produção cafeeira, sendo responsável por cerca de 38% da produção nacional. No entanto, enfrenta desafios como dificuldades na comercialização, baixa rentabilidade e falta de reconhecimento da qualidade do produto

O café arábica deve responder por 34,7 milhões de sacas, um recuo de 12,4% em comparação com a safra anterior, reflexo da bienalidade negativa e das condições climáticas adversas, principalmente em Minas Gerais, maior produtor nacional, onde a queda projetada é de 12,1%. Em contrapartida, o café conilon apresenta um crescimento expressivo de 17,2%, com previsão de 17,1 milhões de sacas, impulsionado pelos bons resultados obtidos no Espírito Santo, que responde por 69% da produção nacional dessa variedade.

Panorama regional

Minas Gerais, principal estado produtor, deve registrar uma safra de 24,8 milhões de sacas, uma redução de 11,6%. O Espírito Santo, segundo maior produtor, projeta crescimento de 9%, atingindo 15,1 milhões de sacas, impulsionado pelo conilon, cuja produção deve crescer 20,1%. Em São Paulo, a safra de arábica deve cair 15,3%, com 4,6 milhões de sacas.

Produção de café em Carlópolis, no Paraná. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Na Bahia, a projeção é de crescimento de 11,3%, alcançando 3,4 milhões de sacas. Rondônia, exclusivamente produtora de conilon, deve atingir 2,2 milhões de sacas (+6,5%). Já Paraná e Rio de Janeiro, ambos predominantemente produtores de arábica, estimam produções de 675,3 mil e 373,7 mil sacas, respectivamente. Em Goiás e Mato Grosso, a produção deve recuar devido à bienalidade negativa e às condições climáticas, resultando em 195,5 mil e 267,6 mil sacas, respectivamente.

Mercado e exportações

A previsão para a safra 2025 reforça um cenário de maior restrição na oferta global de café. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial para 2024/25 está estimada em 174,9 milhões de sacas, um crescimento de 4,1% em relação à safra anterior. No entanto, a demanda também cresce, devendo atingir 168,1 milhões de sacas, resultando em um estoque final de apenas 20,9 milhões de sacas, o menor volume das últimas 25 temporadas.

Em 2024, o Brasil alcançou um recorde histórico na exportação de café, enviando 50,5 milhões de sacas ao mercado internacional, um aumento de 28,8% em relação a 2023. Esse desempenho gerou uma receita de US$ 12,3 bilhões, impulsionada pela valorização do café no mercado externo e pela alta do dólar frente ao real.

Os estoques nacionais de café registraram forte queda, chegando a 13,7 milhões de sacas no final do primeiro semestre de 2024, 24% abaixo do volume registrado no ano anterior. A tendência é de novos recuos nos estoques devido à demanda crescente no mercado externo.

Agricultura familiar e desafios da cafeicultura

A agricultura familiar é parte importante da produção cafeeira do Brasil, sendo responsável por cerca de 38% da produção nacional. Mas a cada safra seguem os desafios como dificuldades na comercialização, baixa rentabilidade e falta de reconhecimento da qualidade do produto.

As principais regiões produtoras do café agrofamiliar brasileiro, incluem Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rondônia. Os destaques na produção tem duas principais variedades: o café arábica, cultivado em altitudes acima de 800 metros e apreciado por seu sabor refinado, e o café robusta (ou conilon), utilizado principalmente na fabricação de cafés solúveis.

Com um cenário de oferta restrita e demanda crescente, o mercado cafeeiro brasileiro segue como um dos protagonistas globais, reforçando sua importância econômica e estratégica para o país.

Com informações da Conab.

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