O povo Krahô, de Itacajá, município do nordeste do Tocantins, a pouco mais de 200 km da capital, Palmas, está recebendo a visita da Carreta Solidária da CONAFER. As aldeias Maravilha e Morro do Boi, são duas das muitas comunidades indígenas onde estão sendo entregues cestas básicas, alimentos, água mineral, móveis, roupas e calçados, em uma ação permanente coordenada pela Diretoria de Ação Social e Inclusão da Confederação, e que está percorrendo todo o país

No final do ano passado, a Carreta Solidária iniciou sua viagem permanente, levando para o Sul um Natal melhor para os povos sulistas, Xokleng, Kaingang e Guarani. Depois de uma viagem de 4 mil km, no início deste ano a Carreta já estava no Centro-Oeste, chegando em Dourados e Caarapó, cidades do Mato Grosso do Sul, onde foram atendidos os Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena. Agora, mais 2 mil km e a Carreta está no Tocantins, onde as ações se concentram em Itacajá, região onde vivem os Krahô da Terra Indígena Kraolândia.

Os Krahô vivem no nordeste do Estado do Tocantins, na Terra Indígena Kraolândia, situada nos municípios de Goiatins e Itacajá

A TI Kraolândia fica entre os rios Manoel Alves Grande e Manoel Alves Pequeno, afluentes da margem direita do Tocantins. O Cerrado predomina, cortado por estreitas florestas que acompanham os cursos d’água. É mais larga a floresta que acompanha o rio Vermelho, que faz o limite nordeste do território indígena. Os Krahô formam um grupo de 3 mil indígenas falantes da língua da família Jê. Vivem em aldeias de formato circular e são muito conhecidos pelas corridas de toras que fazem todos os dias, logo depois de caçar, pescar ou trabalhar na roça.

As comunidades Krahô estão recebendo cestas básicas, alimentos, água mineral, móveis, roupas e calçados, em uma ação permanente coordenada pela Diretoria de Ação Social e Inclusão da CONAFER

Do Sul do país para o Norte, na terra dos Krahô

A Carreta Solidária viajou muito para chegar aos Tocantins, o estado mais novo do Brasil. Uma terra originária ocupada pelos povos indígenas do Norte do país, com vastos campos de Cerrado, rios, montanhas e colinas arborizadas. A pandemia agravou a situação de muitas aldeias da região, que até agora ainda vivem em condições precárias, com ausência de infraestrutura para as atividades culturais, educação básica e alimentação das famílias.

Os  Krahô chamam a si próprios de Mehim, um termo que no passado era provavelmente também aplicado aos membros dos demais povos falantes de sua língua e que viviam conforme a mesma cultura. A esse conjunto de povos se dá o nome de Timbira. Hoje, Mehim é aplicado a membros de qualquer grupo indígena. A esta ampliação correspondeu uma redução do sentido do termo oposto, Cupe(n), que, de não-Timbira, passou a significar civilizado. 

Os  Krahô que vivem mais ao sul também se chamam de Mãkrare (= ema, kra = filho, re = diminutivo, “filhos da ema”), termo que pode variar para Mãcamekrá e que aparecia em textos do século XIX como “Macamecrans”. O termo que Curt Nimuendajú ouviu aplicado aos do norte, Quenpokrare (quen = pedra, po = chata, “filhos da pedra chata”), não é tão antigo a ponto de aparecer nos textos do século XIX e também não parece ter perdurado até o presente.

Com informações do Portal Povos Indígenas no Brasil e Wikipedia.

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