Depois de filiar os primeiros 53 agricultores familiares no Quênia, e mais 100 novos pequenos produtores na África Central, em Ruanda, na região de Virunga, a presença da CONAFER no continente africano segue a passos largos. Agora, a Confederação discute com o governo de Botswana, a implantação do +Pecuária Brasil no país. Recentemente, David Fêo, representante da Confederação para assuntos da África, esteve em reunião de trabalho no Ministério da Agricultura do governo botswano, onde foram recebidos pela secretária Permanente da Agricultura, Nancy Neo Chengeta, e sua equipe técnica, além de outros departamentos de governo, o que amplia o leque de possibilidades para levar a revolução genética do +Pecuária aos produtores botswanos

Na reunião com a Secretaria Permanente da Agricultura de Botswana, foi dado ênfase no uso de biotecnologias  reprodutivas como +Pecuária Brasil para desenvolver a pecuária do país africano, o que representa uma oportunidade de levar as tecnologias avançadas de produção bovina que a CONAFER já domina depois de 2 anos de implantação do +Pecuária em 4 mil cidades brasileiras. 

Gaborone, a capital do país, tem 230 mil habitantes e fica na região Sudeste de Botswana

A ideia inicial para avançar no projeto, concentra-se em melhorar primeiro a produtividade e a sustentabilidade do gado botswano por meio da introdução de práticas de manejo inovadoras e biotecnologias desenvolvidas pela CONAFER, com o apoio da Embrapa e do Ministério da Agricultura do Brasil. Isso inclui fornecer treinamento aos agricultores locais em manejo moderno de pecuária e técnicas reprodutivas, garantindo que estejam bem equipados com os conhecimentos e práticas mais recentes.

Davi Fêo, representante da CONAFER (lado esquerdo de gravata clara), junto com executivos do governo de Botswana

A partir desta fase, inicia-se a transferência de tecnologia para introduzir as biotecnologias reprodutivas  para a melhoria genética do gado, aumentando a qualidade e a produtividade da pecuária em Botswana de forma consistente. Outro aspecto importante é o desenvolvimento sustentável que o projeto vai promover com práticas de conservação ambiental, essenciais para a saúde a longo prazo do setor agropecuário de Botswana. O Instituto Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola (NARDI) procurou os representantes da CONAFER interessados em estabelecer parceria técnica para focar em pesquisa e desenvolvimento genético. Essa parceria facilitará os esforços conjuntos em pesquisa agrícola, transferência de tecnologia e capacitação para pequenos produtores e agricultura familiar de Botswana.

O representante da CONAFER, Davi Fêo, destacou a importância desta parceria para os dois países: “a experiência do Brasil na pecuária de alta produtividade pode ser extremamente benéfica para os agricultores de Botswana. Estamos comprometidos em trabalhar em estreitar esta colaboração para trazer avanços significativos ao setor agrícola local.”

A Secretária Permanente da Agricultura, Nancy Neo Chengeta, expressou forte entusiasmo pela colaboração: “modernizar nosso setor pecuário é uma prioridade para o governo de Botswana. A parceria com o Brasil, com a CONAFER e Embrapa, é um passo crucial para alcançar este objetivo e melhorar a vida dos nossos agricultores familiares.”

O país Botswana 

Botswana, oficialmente a República do Botswana, é um país sem costa marítima situado na África Austral. Anteriormente conhecido como Bechuanalândia durante o período colonial britânico, adotou seu nome atual ao conquistar a independência em 30 de setembro de 1966. Desde então, o país tem mantido uma trajetória democrática exemplar, com governos eleitos de forma ininterrupta e sem sofrer golpes de estado. A capital e maior cidade do país é Gaborone.

Com uma população escassa de pouco mais de 2 milhões de habitantes, Botswana é uma das nações menos densamente povoadas do mundo. Sua geografia é predominantemente plana, com até 70% de seu território coberto pelo deserto de Calaári. O país faz fronteira com a África do Sul ao sul e sudeste, com a Namíbia ao oeste e norte, e com o Zimbábue ao nordeste. A fronteira com a Zâmbia, ao norte, próxima a Kazungula, é notoriamente mal definida, marcada por uma curta faixa de cerca de 750 metros ao longo do rio Zambeze, onde um ferry-boat facilita a travessia entre os dois países.

Em 1966, quando Botswana se tornou independente do Reino Unido, era uma das nações mais pobres do mundo, com um PIB per capita de aproximadamente 70 dólares anuais. Desde então, o país experimentou um crescimento econômico impressionante, tornando-se uma das economias de mais rápido crescimento no continente africano. Em 2013, o PIB per capita havia saltado para cerca de 16,4 mil dólares, posicionando o país entre os de maior rendimento na África e proporcionando um padrão de vida modesto para seus cidadãos. Um acordo entre Botswana e a CONAFER é um passo significativo para o avanço do setor pecuário, e que promete trazer uma revolução genética e tecnológica para a bovinocultura de Botswana, contribuindo para um futuro mais próspero e sustentável para o país.

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