Nesta segunda-feira, dia 17 de março, a equipe da Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social da CONAFER, a SEPOCS, realizou uma produção agrícola na aldeia Bahetá, localizada na Região das Alegrias, no Território Indígena Caramuru, em Itaju do Colônia, Bahia. Além de compartilharem técnicas de produção agrícola com o povo Pataxó Hã-hã-hãe, os colaboradores também ficaram responsáveis pela limpeza da horta da aldeia, com roçagem e capinagem, possibilitando a plantação de novas mudas de hortaliças. A equipe ainda ajudou na poda das árvores do território, beneficiando toda a comunidade
No estado da Bahia, a CONAFER atende 12.774 famílias dos povos indígenas Pataxó, Tupinambá, Pataxó Hã-hã-hãe, Kariri, Kariri-Sapuyá, Imboré, Kamaca e Mongoyó. Neste estado, o maior número de beneficiados é do povo Pataxó, com 6.707 famílias beneficiadas, que vivem nos municípios de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, Prado e Itamaraju. O segundo maior povo beneficiado é o Tupinambá, com 3.081 famílias beneficiadas, que habitam os municípios de Eunápolis, Itapebi, Belmonte, Una, Buerarema, Ilhéus, Arataca e Ribeirão do Largo. Já o terceiro maior povo beneficiado do estado da Bahia é o Pataxó Hã-hã-hãe, com 2.286 famílias beneficiadas, que vivem nas cidades de Alcobaça, Camamu, Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia.
O povo Pataxó Hã-hã-hãe vive na aldeia Bahetá, em Itaju do Colônia, na Bahia
De forma permanente, a equipe da SEPOCS apoia as comunidades indígenas da Bahia. Nesta semana, por exemplo, o povo Pataxó Hã-hã-hãe foi beneficiado com uma produção agrícola promovida pela CONAFER. O objetivo foi ajudar os povos originários com técnicas de manejo e cultivo de hortaliças, que são plantadas na aldeia Bahetá, um território conhecido por ser bastante seco, já que é formado pela Caatinga e sofre com a seca todos os anos. Estas características da vegetação e clima da região dificultam a prática da agricultura familiar, mas com a ajuda dos colaboradores da Confederação, os indígenas têm a oportunidade de usar novas soluções.
A comunidade indígena da aldeia Bahetá recebeu ajuda em todo o processo de cultivo da horta comunitária. Os colaboradores da SEPOCS realizaram a roçagem e capinagem do terreno, possibilitando a plantação de novas mudas de hortaliças. A limpeza do espaço também foi feita por meio da poda de árvores e da organização das áreas comuns, próximas às cabanas da aldeia. A horta serve como fonte de alimentos para o próprio consumo do povo Pataxó Hã-hã-hãe e também como fonte de renda, uma vez que os produtos agrícolas são vendidos.
Com o objetivo de promover a autonomia das aldeias, a CONAFER também faz a coordenação do processo de aquisição e recebimento do PAA, o Programa de Aquisição de Alimentos, feito pelo programa Mais Parente nas Aldeias, uma iniciativa da Diretoria de Projetos e Ações Integradas para os Povos da Confederação. Só na Bahia, 39 agricultores foram selecionados para fornecer os alimentos das suas produções para comunidades também indígenas. Esta iniciativa valoriza a produção local, gerando renda para os produtores indígenas que cultivam os alimentos em seus próprios territórios. Assim, o PAA cumpre sua missão de integrar as comunidades indígenas ao processo produtivo, ao mesmo tempo em que combate a fome e a vulnerabilidade alimentar dessas populações.
A CONAFER, por meio da SEPOCS, reafirma seu compromisso com os povos originários, promovendo a autonomia e a sustentabilidade das comunidades indígenas. Ao implementar iniciativas como a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, a assistência no cultivo de hortaliças e a coordenação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a CONAFER contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida dos povos indígenas de todo o país. Essas ações têm o objetivo não apenas de fortalecer a agricultura familiar nas aldeias, mas também busca valorizar a produção local, gerar renda e a inclusão social dos povos indígenas.
