Neste mês de janeiro, o trabalho da Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social, SEPOCS, foi marcado pela valorização do artesanato indígena da aldeia Bejarana, em Rondônia, e das aldeias Caramuru, Pau Ferro e Bahetá Pataxó, na Bahia. O trabalho contou com a promoção de produtos artesanais na Casa do Agricultor e do Indígena Artesão, estilização de blusas com pintura à mão e pintura de casas de anciãos com grafismo indígena. Os povos Tupinambá, Kariri-Sapuyá e Pataxó foram beneficiados com estas ações da CONAFER e seguem recebendo o apoio da Confederação no artesanato e na produção agrícola. O objetivo é trazer autonomia para as aldeias de pequenos agricultores indígenas e artesãos, fortalecendo as tradições dos povos originários e criando novas oportunidades de renda
O artesanato indígena é uma forma de arte feita pelos povos originários, que transmite suas histórias, crenças e costumes. Cada peça, como cestas, cerâmicas ou tecidos, é feita com muito cuidado e representa a ligação dessas comunidades com a natureza e a cultura indígena. Além de ser importante para manter as tradições vivas, o artesanato também ajuda na sobrevivência dessas comunidades, gerando renda e mantendo a identidade cultural. É por isso que os colaboradores da SEPOCS atuam, de forma permanente, com a divulgação e apoio nas vendas dos artesanatos das aldeias na Casa do Agricultor e do Indígena Artesão, em Rondônia, por exemplo.
Casa do Agricultor e do Indígena Artesão, em Porto Velho, Rondônia
Neste mês de janeiro, os indígenas da aldeia Bejarana de Rondônia foram beneficiados com este trabalho realizado na Casa do Agricultor e do Indígena Artesão. Os colaboradores da SEPOCS fizeram uma exposição das cestas produzidas e ajudaram a vender estes produtos feitos por agricultores indígenas. A equipe define preços acessíveis para que os objetos não fiquem parados nas prateleiras, garantindo o retorno financeiro rápido para os povos originários. A Casa do Agricultor também é a solução para o desafio constante dos indígenas quanto ao transporte de seus produtos para o mercado, uma vez que há uma dificuldade de acesso às aldeias, com custos elevados de transporte.
Cestas artesanais feitas pelos indígenas da aldeia Bejarana, em Rondônia
Já no estado da Bahia, a pintura com grafismo indígena foi o destaque da oficina de artesanato promovida pela Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social no dia 7 de janeiro, na aldeia Caramuru, em Pau Brasil. Crianças, jovens e anciãos dos povos Tupinambá e Kariri-Sapuyá participaram do momento de aprendizagem, resgatando a tradição indígena por meio da estilização de blusas com pintura à mão. No total, 10 indígenas foram beneficiados e, agora, estão prontos para criarem e venderem novas peças, contribuindo com a economia local.
Oficina ensina a pintar blusas com grafismo indígena na aldeia Caramuru, na Bahia
O grafismo indígena é uma forma de arte que usa desenhos e símbolos para contar histórias, ensinar tradições e mostrar os valores da cultura originária. Esses desenhos são usados em pinturas no corpo, em cerâmicas, roupas ou em outros objetos. Cada símbolo tem um significado especial, muitas vezes ligado à natureza ou aos espíritos. Parte do artesanato indígena, o grafismo é muito importante porque ajuda a preservar o conhecimento das gerações antigas nas aldeias.
Ainda na Bahia, os indígenas das aldeias Pau Ferro e Bahetá Pataxó, localizadas no município de Itaju do Colônia, contaram com o apoio da SEPOCS para pintar as casas dos anciãos. Elementos do grafismo indígena também foram usados na pintura das paredes, que ocorreu no dia 23 de janeiro. No total, a ação beneficiou 3 famílias indígenas do povo Kariri-Sapuyá e 5 famílias indígenas do povo Pataxó.
Colaboradores da CONAFER pintam casas de anciãos nas aldeias Pau Ferro e Bahetá Pataxó, na Bahia
Com o objetivo de valorizar as tradições indígenas e ajudar na autonomia das aldeias, a Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social ajuda os povos originários em todo o país com ações sociais e educativas. Para que mais pessoas possam aprender sobre os costumes originários, que preservam o meio ambiente e os saberes ancestrais, a SEPOCS ainda compartilha conteúdos sobre a cultura das aldeias por meio de reportagens, publicadas no site da Confederação e no YouTube da TV CONAFER. O artesanato indígena é uma das expressões mais significativas da cultura de muitas comunidades. Valorizar essa tradição mostra que os produtos e pinturas feitos à mão vão além de simples objetos utilitários. Muitas vezes, cada peça carrega um significado simbólico profundo, um sentimento relacionado aos mitos e à espiritualidade dos povos originários.
