Neste ano de 2022, quando completa 11 anos, a CONAFER segue implementando a sua plataforma inovadora de filiações que vai quantificar e qualificar os agrofamiliares brasileiros. Lançada no final de 2020, a Central de Relacionamento com o Afiliado (CRA), vem realizando o cadastramento dos agricultores de todo o país, e agora com um recorde de associações vindas do Norte, o que é mais uma conquista histórica para a Confederação. São agricultores familiares de todas as categorias, como pescadores, extrativistas, pecuaristas, camponeses, indígenas, quilombolas, assentados e acampados, todos os representantes da maior e potencialmente mais rica região do país. Silas Vaz, no comando da Secretaria da Amazônia Legal, informou que nesta nova listagem de filiados, a grande maioria é de agricultores familiares com pequenas criações de aves e suínos, além de milhares de pescadores. São associações de agricultores do Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, do Maranhão e do Centro-Oeste, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de um município no Espírito Santo, região Sudeste
No Amazonas, foram conquistadas novas filiações em Manaus, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Barreirinha, Presidente Figueiredo, Manacapuru e Apuí; no Maranhão, em Amarante do Maranhão, Jenipapo das Vieiras, Tuntum, Guimarães, Presidente Vargas, Peri Mirim, Alcântara, São Mateus, São João do Caru, Tutóia, Timbiras, Governador Newton Bello, Axixá, Grajaú, Fernando Falcão, Buriticupu, Santa Inês, Lago Açu, São Luís e Arame; no Mato Grosso, em Ribeirão Cascalheira, Querência do Norte, Canarana, Poxoréo, Primavera do Leste, Guiratinga, Tesouro, Quatro Marcos, Mirassol do Oeste, Glória do Oeste, Curvelândia, Rosário do Oeste, Nobres, Acorizal, Jangada, Chapada dos Guimarães, Nossa Senhora do Livramento, Cuiabá, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Juscimeira, Várzea Grande, Barão do Melgaço, Barra dos Bugres, Nortelândia, Porto Alegre do Norte, Tangará da Serra, Arenópolis, Santo Antônio do Leverger, São José do Povo; no Pará, em Tucuruí, Cumaru do Norte, Pau-D’Arco, Redenção, Bannach; no Amapá, em Oiapoque; no Mato Grosso do Sul, em Terenos, no Espírito Santo, em São Gabriel da Palha.
Sobre o perfil dos agricultores, muitos são indígenas com sua cultura e costumes tradicionais. A maioria é de camponeses, formados por pequenos pecuaristas, piscicultores, artesãos e avicultores. Todos, além de se filiarem para fazer parte da rede de serviços e programas da CONAFER, receberão assistência técnica e assessoria administrativa na obtenção de financiamentos, como por exemplo, na emissão da DAP para acesso ao Pronaf, o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar que leva crédito aos agrofamiliares de todo o país.
A comunicação que se estabelece nesta nova relação com os agricultores familiares do Norte, vai contribuir imensamente para um crescimento contínuo do segmento agrofamiliar na região, cumprindo com os objetivos da Confederação. A Amazônia se encontra no meio de um debate internacional permanente sobre a importância de se estabelecer regras e ações claras para uma exploração sustentável. Mas só vamos tirá-la da invisibilidade, ao revelar suas riquezas e aprimorar as suas demandas.
A Secretaria da Amazônia Legal tem percorrido todos os cenários da agricultura no Norte e dos estados de outras regiões passando por milhares de cidades, visitando associações, comunidades indígenas e quilombolas, do Amazonas, do Pará, do Tocantins, de Roraima, de Rondônia, do Acre e dos estados vizinhos que estão cadastrando na Central de Relacionamento com o Afiliado (CRA), toda a diversidade dos nossos agricultores familiares.
Esta é a caraterística principal da CONAFER. O encontro de todos os povos, receber os saberes, compartilhar o conhecimento coletivo, entender que a riqueza da terra não se caracteriza apenas como instrumento do trabalho, mas de socialização, de crescimento socioeconômico de todos e respeito pelo meio ambiente. Este rico cenário de diversidade de ecossistemas, de culturas diversas e força econômica é integrado à CONAFER da forma sólida, porque este é um compromisso da Confederação com o agricultor em seu território, com suas possibilidades, com tudo o que ele tem a nos oferecer e ensinar, e oportunizar o que podemos levar até ele.