No assentamento Paulo Freire III, em Pureza, no Rio Grande do Norte, pequenos produtores filiados à CONAFER estão revolucionando o plantio de frutas com excelentes resultados a cada safra. Não à toa, Paulo Freire III se transformou em polo de produção com volume de vendas importante para a indústria de sucos na região. Esta é uma cadeia extensa que dá emprego para muitos agricultores e gera renda aos produtores que comercializam produtos com valor agregado, pois além de produzir, os agrofamiliares do assentamento, retiram o sumo e o suco das frutas, podendo armazenar a polpa da fruta em geladeiras para venda futura. O secretário Nacional de Políticas Sindicais da CONAFER, Júlio Cesar, esteve junto com o Secretário de Agricultura de Pureza, Allan Helcias, conferindo in loco o grande trabalho dos agricultores e empreendedores rurais do Paulo Freire III
As famílias de agricultores atuam em quintais produtivos produzindo abacaxi, coco, mangaba, cajá, maracujá, caju e outras frutas em larga escala. Com a chegada de novos kits e ferramentas para suprir a grande demanda da indústria, há a expectativa de um significativo aumento da produção e comercialização, aumentando o valor agregado. Por exemplo, com a compra destes novos equipamentos, como uma máquina para beneficiar a casca do coco, ela não vai mais ser jogada fora, fazendo a transformação dessa casca de coco em fibra.
De camisa azul clara, o secretário Nacional de Políticas Sindicais da CONAFER, Júlio Cesar, ao lado do secretário de Agricultura de Pureza, Allan Helcias, de azul escuro
O secretário de Agricultura de Pureza, Allan Helcias, informou da compra de um caminhão baú refrigerado para fazer o transporte da produção: “porque a gente também tem a produção no quintal que a mulher que tem o pé de manga, que tem a jaca, que tem o caju, algumas frutas que atendem o processo de desidratação para agregar valor. Dentro dessa indústria, será uma parceria de várias associações que já estão filiadas ou pré-filiadas no rol da CONAFER, que também tem produção. A gente tem o assentamento Mar Coalhado. Eles produzem, em média, 8 milhões de abacaxis por baixo, que a gente pode beneficiar. O que é jogado fora serve como ração para gado ou vendido por centavos para fazer polpa de fruta, passa a ser agregado o valor que ultrapassa R$ 100,00 o quilo do produto desidratado. Nós temos potencial aqui no nosso assentamento também de beneficiar e engarrafar na média de 15.000 litros”, explicou Allan Helcias.
No assentamento Paulo Freire III, em Pureza, no Rio Grande do Norte, pequenos produtores filiados à CONAFER estão revolucionando o plantio de frutas
O secretário Nacional de Políticas Sindicais da CONAFER, Júlio Cesar, falou da importância da certificação dos produtos, “que a CONAFER atua na obtenção junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, do SENAF, o Selo Nacional de Agricultura Familiar. E isso é fundamental. Ao emitir o selo, com o certificado do agricultor, mudar a realidade dele. E nós estamos aqui para contribuir para uma melhoria na vida dos nossos filiados agrofamiliares. A CONAFER está aí pra isso. Só temos que agradecer a estas famílias de pequenos produtores destes assentamentos”.
São quase 7 hectares de produção de abacaxi, mangaba, cajá, caju e maracujá. A plantação de maracujá já está ocorrendo há mais ou menos 6 meses, e tem capacidade técnica para estar produzindo em torno de 15 a 25 mil toneladas por ano. No assentamento a produção de mangaba tem potencial de produzir até 800 toneladas por ano. A produção de coco está em 15 mil litros anuais.
O fruticultor Plácido Domingos dos Santos é um dos principais produtores do Assentamento Paulo Freire III
Os quintais produtivos reúnem seis famílias ligadas ao projeto. Mas existem muitos produtores nos assentamentos Paulo Freire I e Paulo Freire II, além do Paulo III. Todas as áreas estão sendo contempladas por por quintais produtivos, que são áreas de plantio das famílias unidas para um trabalho coletivo de produção e comercialização de milhões de toneladas de frutas.