Hoje, 30 de março, é o primeiro Dia Internacional do Resíduo Zero. Ou do Lixo Zero. Não há muito o que comemorar, mas sim alertar para uma consciência ambiental ampla e completa, da produção ao descarte do lixo, como a logística reversa, um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. Anualmente são gerados 2 bilhões de toneladas de lixo. Destas, 33% não recebem tratamento adequado. Temos muito que avançar para não transformar o planeta num lixo a céu aberto

O primeiro Dia Internacional do Lixo Zero relembra-nos uma verdade fundamental e cruel: a humanidade está tratando o nosso planeta como se fosse um imenso lixo. Este é um fato alarmante, pois estamos por meio da poluição e dos produtos químicos, envenenando a nossa água, o ar e os solos. Cerca de 10% de todas as emissões globais de gases com efeito de estufa provêm do cultivo, armazenamento e transporte de alimentos que nunca são utilizados. Temos de deixar de destruir a nossa única casa e declarar guerra ao lixo.

O levantamento da ONU aponta que a humanidade gera cerca de 2,24 bilhões de toneladas de resíduos sólidos anualmente, dos quais apenas 55% são gerenciados em instalações controladas. Todos os anos, cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados e até 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos ecossistemas aquáticos.

Todos os anos, produzimos mais de 2 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, mas 33% destes não são geridos de forma adequada em instalações controladas. A cada minuto, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de plástico é despejado no oceano. Precisamos daqueles que produzem mais lixo, para que concebam produtos que utilizem menos recursos e materiais, ao mesmo tempo que gerem os resíduos ao longo dos ciclos de produção, e prolongam a vida dos produtos que vendem.

Todos os anos, produzimos mais de 2 mil milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, mas 33% destes não são geridos de forma adequada em instalações controladas

Temos de investir fortemente em sistemas e políticas modernas de gestão do lixo que incentivem as pessoas a reutilizar e a reciclar tudo, desde garrafas de plástico a produtos eletrônicos mais antigos. E como consumidores, todos devemos considerar as origens e os impactos dos bens e produtos que compramos, reutilizar e reciclar o que pudermos, sempre que pudermos. É tempo de limpar o nosso mundo, e de progredir em direção a economias circulares, de lixo zero – tanto pelas pessoas como pelo planeta.

Com informações do site Planeta Campo e das Nações Unidas.

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