Em um ano em que as queimadas consomem nossos biomas e a vida, precisamos falar da importância da preservação do ambiente para que a humanidade de fato tenha um futuro
No dia 21 de setembro comemoramos no Brasil o Dia da Árvore. A data anuncia a chegada da primavera no hemisfério sul, que este ano se inicia em 22 de setembro, e tem como principal objetivo a conscientização a respeito da preservação de nossas florestas e matas, as quais constituem um bem precioso e fundamental para a existência humana.
Portanto, o dia 21 de setembro deve ser visto como uma oportunidade para a reflexão sobre nossas atitudes em relação ao meio ambiente e à preservação dos recursos naturais. Uma reflexão que possa gerar mudanças de postura e a ampliação de nossa consciência para o fato de que os atos praticados hoje afetam as gerações futuras.
As árvores possuem papel essencial na produção de oxigênio, por meio do processo de fotossíntese. Elas aumentam a umidade do ar graças à transpiração das folhas, evitam erosões, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para muitas espécies de animais, contribuindo para a biodiversidade e para a redução da poluição do ar. As suas flores e frutos servem para alimentação humana e produção de remédios, além de embelezarem nossas cidades.
Cada região do nosso país possui uma árvore símbolo diferente:
Região Norte – Castanheira;
Região Nordeste – Carnaúba;
Região Centro-Oeste – Ipê-amarelo;
Região Sudeste – Pau-brasil;
Região Sul – Araucária.
Um ano em que temos pouco a comemorar
Em 2020, temos pouco a comemorar no Dia da Árvore, pois as queimadas estão consumindo grande parte dos biomas brasileiros. O Brasil está em chamas e a imagem do país no exterior fica a cada dia pior, em decorrência da degradação ambiental, do desmatamento, das próprias queimadas e do desrespeito aos direitos dos povos originários, principalmente na Amazônia. Esse conjunto de fatores traz uma série de prejuízos não só ambientais, mas também econômicos – como, por exemplo, com o boicote de nações no comércio internacional.
Além de atingirem diretamente a biodiversidade, o desmatamento e as queimadas interferem no regime de chuvas. Isso pode ser sentido em vários estados que passam por períodos prolongados de secas ou que enfrentam volumes cada vez menores de chuvas. Córregos e rios que formam bacias estão morrendo, o que afeta todas as atividades humanas e acentua o desequilíbrio constatado nos biomas. Ou seja, as mudanças climáticas representam uma ameaça real à sobrevivência humana no planeta.
Em todo o mundo, assim como no Brasil, a chegada da primavera nos traz esperança. É nesse período em que a natureza troca suas cores, quando passa a predominar o verde vivo das folhas e os variados coloridos das flores.
Por isso, a CONAFER reforça a importância da conscientização a respeito da conservação do ambiente natural, bem como da necessidade de serem criadas políticas públicas que inibam a exploração ilegal da natureza e favoreçam o controle das queimadas e do desmatamento.
Proteger o meio ambiente é papel de toda a sociedade. É fundamental que cada um de nós faça sua parte para que as próximas gerações consigam sobreviver em um planeta preservado e em equilíbrio.