No dia 22 de abril, celebramos o Dia Internacional da Mãe Terra, ou Dia da Terra, uma data que nos convoca à reflexão sobre a importância da preservação ambiental em meio aos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela crescente poluição do planeta. Neste contexto, a agricultura familiar emerge como um exemplo vivo de sustentabilidade e cuidado com o nosso lar cósmico. Em 1970, o senador norte-americano Gaylord Nelson criou a data. Hoje, mais de meio século depois, mantemos a urgência de criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a vida terrestre. E a agroecologia com seus métodos sustentáveis de cultivo, como a rotação de culturas de baixo carbono, o uso de adubos orgânicos e a preservação de áreas de mata nativa, atua como guardiã do nosso planeta
A Terra é nosso único refúgio conhecido no vasto cosmos. Mas, diariamente, testemunhamos sua agressão e degradação, fenômenos que aceleram as mudanças climáticas e incitam conflitos sociais decorrentes da exploração desenfreada de seus recursos. Esta é a dura realidade enfrentada pela civilização contemporânea.
No entanto, é justamente a atividade humana mais antiga que se transforma a cada dia em uma luz de esperança para o planeta: a prática da agricultura familiar. Baseada em princípios agroecológicos, esta forma de cultivo não apenas protege a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas, mas também contribui para a reciclagem de nutrientes essenciais para a fertilidade do solo. A integração dos elementos naturais, ao mesmo tempo que reduz os custos de produção para os agricultores e beneficia uma cadeia produtiva mais sustentável, preserva o meio ambiente das agressões do consumismo e da exploração econômica desenfreada.
Um dos aspectos mais decisivos para o sucesso de uma conscientização permanente sobre a proteção do planeta, e consequentemente uma melhor proteção da nossa biodiversidade, é garantir o direito à posse da terra para os agricultores familiares. Esta é uma batalha que transcende as fronteiras da agricultura e deve ser abraçada por toda a sociedade. Garantir o acesso à terra não só fortalece os laços comunitários, mas também é um passo seguro na direção da preservação da natureza.
É imperativo compreender a interconexão entre as práticas agrícolas e a saúde do planeta. As mudanças climáticas estão se intensificando, manifestando-se em fenômenos climáticos extremos, como secas prolongadas, tempestades mais intensas e elevação do nível do mar. A poluição, seja do ar, da água ou do solo, compromete a saúde dos ecossistemas e ameaça a vida selvagem e a saúde humana.
Nesse cenário desafiador, a contribuição da agricultura familiar é inestimável. Seus métodos sustentáveis de cultivo, como a rotação de culturas, o uso de adubos orgânicos e a preservação de áreas de mata nativa, atuam como verdadeiros guardiões da Terra. Ao adotar práticas que respeitam os limites do meio ambiente, os agricultores familiares não apenas garantem sua própria subsistência, mas também protegem e preservam os recursos naturais para as gerações futuras.
Portanto, neste Dia da Terra, é essencial reconhecer e valorizar o papel fundamental da agricultura familiar na construção de um futuro mais sustentável e equitativo. Ao cuidar da Terra, esses agricultores não só alimentam o corpo, mas também nutrem a esperança de um mundo onde a harmonia entre humanos e natureza seja uma realidade palpável.