Na última terça-feira, 15 de agosto, o estado de São Paulo anunciou a declaração de emergência zoosanitária devido à detecção do vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade em aves silvestres no Brasil. Com essa medida, o Brasil eleva para nove o número de estados em situação de emergência em virtude da disseminação da gripe aviária

A crise não se limita a São Paulo, já que outros estados também estão enfrentando a ameaça da gripe aviária. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe e Paraná também declararam estado de emergência em resposta à propagação da doença. Até o momento, foram confirmados 19 casos de gripe aviária no Brasil, sendo 13 só em São Paulo. Os registros concentram-se principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. 

O decreto paulista possui uma vigência de 180 dias e estabelece uma série de diretrizes para lidar com a situação. O governo de São Paulo ressaltou a necessidade de evitar a manipulação de aves doentes ou mortas sem o uso de equipamentos de proteção individual. Além disso, em caso de suspeita da doença, foi recomendado acionar imediatamente a Defesa Agropecuária.

Esses casos têm gerado preocupação tanto do ponto de vista da saúde pública quanto da economia, uma vez que o Brasil é líder mundial nas exportações de carne de frango, responsável por 35% do mercado internacional.

Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou estado de emergência em todo o território nacional e pediu aos governos estaduais que adotassem medidas similares. O MAPA destacou que, apesar do papel dominante do Brasil nas exportações de carne de frango, o país ainda mantém o status de livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves comerciais.

A CONAFER acredita que a situação em questão coloca em evidência a necessidade de uma ação coordenada e efetiva para conter a disseminação da gripe aviária. Ações de monitoramento rigoroso, medidas de biossegurança aprimoradas e a colaboração entre autoridades governamentais e a indústria avícola são cruciais para mitigar os riscos associados à doença e proteger tanto a saúde pública quanto a economia do país.

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