Por Redação CONAFER
Edglei Leite, mais carinhosamente conhecido como “Careca”, o Secretário Nacional de Esportes, Recreações e Atividades Sociais da CONAFER, topou conversar um pouco com nossa redação sobre seu trabalho e as alegrias e desafios desse importante setor.
Edglei Leite | 35 Anos | Nascimento e Atuação nas periferias de Brasília-DF
Leia abaixo a transcrição completa da entrevista:
Redação CONAFER: Primeiramente, obrigado por ceder um espaço na sua agenda, que sabemos ser concorrida, para nos conceder essa pequena entrevista
Edglei Leite: Eu que agradeço pelo respeito e interesse em meu trabalho.
RC: Então vamos lá, conta pra gente o que fez você dedicar sua vida a essas importantes ações no universo do esporte, cultura e trabalho social?
EL: Desde criança sempre fui apaixonado por esportes, jogar bola, basquete, corrida, luta… E eu lembro que desde desse tempo as coisas já eram bem difíceis dentro das áreas de esporte e cultura. Por exemplo, na periferia do DF, onde fui criado, as famílias não tinham condições nem de comprar bolas ou calçados, muito menos de inscrever seus filhos em atividades esportivas, o que restava eram os eventos culturais e esportivos organizados em comunidade, todos juntos fazendo o máximo com o mínimo. Hoje não é tão diferente, o poder público negligencia esse setor, principalmente nas periferias, mas depende dele para manter a imagem mundial do Brasil como país destaque nos esportes. Foi justamente por isso que eu decidi entrar nessa área do esporte e cultura, para poder oferecer para as muitas crianças e jovens da periferia as condições que eles nunca tiveram e ajuda-los a atingir seu máximo potencial. Amo o que faço, não tem preço o sorriso de cada família que ajudados a ter um futuro melhor com nossas ações.
RC: Muito bom, e dentro disso que você falou, quais foram as três principais ações já realizadas por você?
EL: Realizei o concurso de Rei e Rainha das quadras, nas categorias futsal masculino e feminino, que teve a partição de mais de mil atletas e um público aproximado de duas mil pessoas nas arquibancadas, que foi bem marcante pra mim. Outro bem importante na minha formação foram os Primeiros Jogos Beneficentes das Comunidades, que teve como torneio de golzinho, vôlei, brinquedos infláveis, corrida e arrecadação de cestas básicas. Foi um dia de alegria, lazer e fortalecimento comunitário, que teve como objetivo a arrecadação de comida para a comunidade. Foi muito bom pois quase duas mil pessoas participaram do evento e conseguimos ajudar centenas de famílias necessitadas. Outra atividade que me marcou por ter tido força expressiva foi o Festival Cultural de Danças, que contou com a participação de mil e duzentos dançarinos e também trouxe oficinas de corte de cabelo, maquiagem, design de moda, dentre outras. Nesse evento arrecadamos um número expressivo de 600 cestas básicas, que foi entregue diretamente a quem precisava.
RC: Que demais. Agora conta pra gente qual trabalho tem realizado e quais pretende realizar dentro da CONAFER?
EL: No momento tenho realizados vários eventos esportivos e sociais nas periferias de Brasília; Com destaque para o Torneio Regional de Futebol Masculino e Feminino, que contempla várias idades e categorias. Ao mesmo tempo em que proporcionamos cultura, lazer e saúde nas comunidades, também conseguimos arrecadar alimentos, roupas e brinquedos para os moradores da periferia. Em relação aos trabalhos com a CONAFER, quero utilizar as mesmas ideias que já são sucesso nas comunidades periféricas para continuar a levar esses trabalhos e projetos para o campo e áreas rurais de todas as regiões do país.
RC: Sensacional! Agora, eu sei e você sabe, mas compartilha com a gente sua visão sobre qual a importância desse seu trabalho para o setor?
EL: É extremamente importante para o crescimento econômico e social do nosso pais, pois vamos estar capacitando várias pessoas, tanto no esporte quanto na cultura, que irão replicar essas práticas gerando maior fluxo econômico nas comunidades e o mais importante: formando cidadãos de bem. Afinal, já foi comprovado em inúmeros estudos que locais com mais atividades culturais tendem a ter menor incisão dos jovens no mundo do crime. É como diz aquela velha frase “Em lugar que não tem cultura, a violência se torna espetáculo. ”
RC: Isso é uma grande verdade. E levando em consideração as ações em regiões periféricas e a relação com o poder público, qual é hoje a principal dificuldade de realizar ações nesse setor?
EL: As maiores dificuldades, como é fácil imaginar, são a falta de recursos e parceiros. Precisamos do poder público para nos auxiliar e atender a população, como previsto na Constituição, mas não é só o Governo que pode ajudar, empresários e empresas podem se juntar nessas parcerias. Afinal todos nós temos o dever como cidadãos de fazer um país melhor. As dificuldades são muitas, mas nada que juntos não podemos superar.
RC: Belas palavras. Mas para fazer esse trabalho junto, é preciso mobilizar as pessoas. Qual o segredo para atrair a atenção da comunidade para atrações esportivas e culturais?
EL: O segredo é fazer tudo com amor, carinho e verdade; e sempre dar o seu melhor. As comunidades são carentes de amor e atenção e essas pessoas não tem praticamente nada. Essa pouca contribuição que a SERAS-CONAFER leva, é capaz de mudar a vida de várias famílias.
RC: Onde você vê a Secretaria daqui um ano?
EL: Sou uma pessoa muito otimista e batalhadora. Não desisto das minhas lutas, mas tenho meus pés no chão. Vejo essa Secretaria atuando em várias partes do Brasil, levando benfeitorias, eventos e esportes para diversas comunidades, quilombos, aldeias, assentamento e periferias. Temos um plano de atuar nacionalmente em todas as regiões simultaneamente até o ano que vem, mas pelos próximos meses nossa atuação maior será no Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás.
RC: Parece um futuro promissor! Agora pra finalizar, como Secretário da CONAFER, qual mensagem você deixa para as nossas bases no Brasil?
EL: Digo para que acreditem em si mesmos, nunca desistam de seus sonhos e lutas, por mais difíceis que possam parecer, pois a vitória pode estar a um passo de você. Um abraço e fiquem com Deus.
RC: Muito obrigado pelo seu tempo e suas palavras.