Um dos maiores jogadores do futebol brasileiro, o grande bicampeão mundial Garrincha, é o mais famoso futebolista descendente dos Fulni-Ô, etnia indígena do Nordeste. No Sul da Bahia, nos territórios Barra Velha, em Porto Seguro, e Coroa Vermelha, em Santa Cruz de Cabrália, o talento dos indígenas para o esporte bretão é comprovado no projeto social da Diretoria de Projetos e Ações Integradas para Povos da CONAFER, iniciativa que atende 450 crianças e adolescentes pela Escolinha de Futebol da Aldeia Boca da Mata. Na aldeia Barra Velha, o projeto social recebe o nome de Kahabe, já em Coroa Vermelha, ele foi batizado de Real Madri. Todos lotados na Coordenação de Esporte e Ações Coletivas de Lazer da Confederação, que conta com a parceria da Secretaria de Esportes de Porto Seguro. O projeto social promove ações de intercâmbio com clubes profissionais, levando os atletas para participar de avaliações em suas escolinhas. Alguns jovens já foram realizar testes no Flamengo, Vasco da Gama, Vitória e outros grandes clubes brasileiros

Com este projeto social, a CONAFER está mudando a vida de muitos meninos que sonham em jogar futebol em grandes centros. Mais do que uma oportunidade de um futuro como atleta profissional, o convívio com outras crianças e adolescentes contribui muito para a educação dos indígenas e sua integração com o mundo. Todos recebem orientação e são treinados por educadores físicos, o que é muito importante também para a saúde de todos eles.

As mesmas características de velocidade e habilidade do famoso Mané Garrincha podem ser vistas em milhares de praticantes do futebol nos campinhos de terra batida das aldeias indígenas. O que faltava para estes jovens era uma oportunidade que agora está sendo oferecida pelo projeto inédito da CONAFER na Aldeia Boca da Mata

Assim, o objetivo não é só de formar atletas, mas cidadãos conscientes, pois os educadores físicos trabalham em conjunto com as escolas, o que exige destas crianças e adolescentes um compromisso com o rendimento escolar. Uma regra é os alunos que não estiverem bem com suas notas, serão impedidos de fazer parte do projeto até que o seu desempenho melhore. Os educadores físicos trabalham ainda com a conscientização no combate às drogas e na responsabilidade social de cada jovem.

Estas ações de peneiras e intercâmbios com clubes profissionais camaçarienses, já revelou um indígena para o futebol baiano. Trata-se de Awenehe, que inclusive já treina com o elenco profissional do tradicional Vitória da Bahia. Outros indígenas foram selecionados para viajar a São Paulo e Bahia para a realização de testes. A Coordenação de Esporte e Ações Coletivas de Lazer promove duas peneiras nos meses de novembro e dezembro de 2022, em parceria com a equipe paulista Amparense Futebol Clube e a equipe baiana do Sport Clube Camaçariense.

Para a CONAFER, projetos que envolvem o esporte, saúde e educação,  além de unir as comunidades indígenas em torno dos seus jovens, são também excelentes oportunidades de valorizar as tradições e a cultura nas ideias, pois o futebol é muito praticado entre os indígenas. Por ser o esporte mais popular, praticado por crianças, jovens e adultos, o futebol  ao mesmo tempo em que desenvolve valores importantes, como o cuidado com a saúde, o respeito pelos companheiros de jogo e o espírito de equipe, transforma-se em perspectiva para muitos jovens brasileiros que encontram neste esporte uma oportunidade de conquistar um futuro. Com os nossos indígenas não é diferente. E a CONAFER está empenhada em realizar estes sonhos.

A equipe de profissionais responsáveis pelo projeto Escolinha CONAFER:

Compartilhe via: