Nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, é comemorado o Dia do Esportista. A data serve para todas as pessoas que praticam esportes, seja por diversão ou profissionalmente. O esporte faz bem para a saúde, ajuda na disciplina e aproxima as pessoas. Além disso, ensina valores importantes como trabalho em equipe, esforço e respeito. Essa data também lembra a importância de ter uma vida ativa, mostrando que o esporte pode transformar vidas e trazer muitos benefícios para o dia a dia. A Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social da CONAFER, a SEPOCS, reconhece a importância do esporte para o povo originário e, por isso, promove treinos de futebol todas as semanas na aldeia Mãe Barra Velha, em Porto Seguro, sul da Bahia
O esporte tem grande importância para os povos indígenas, pois está ligado à cultura, à tradição e ao fortalecimento das comunidades. O futebol é um dos esportes mais populares nas aldeias indígenas e vai além da diversão, pois também é uma forma de integração social. Crianças, jovens e adultos se reúnem para jogar, promovendo momentos de união e lazer dentro do território. Em muitos casos, o futebol também é uma oportunidade para revelar talentos, levando jogadores indígenas a participarem de campeonatos regionais e até profissionais. Além disso, o esporte melhora a qualidade de vida dos povos indígenas e ajuda a manter viva a tradição do trabalho em equipe, valor importante para a cultura originária.
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Pensando nisso, a SEPOCS realiza treinos semanais de futebol para as crianças e jovens do povo Pataxó, em Porto Seguro, Bahia. O momento de alegria e aprendizado, além de ensinar técnicas de futebol de base, também valoriza a cultura local na aldeia Mãe Barra Velha, isso porque antes de todos os jogos, os jovens atletas se reúnem em uma roda para um momento de oração com o canto tradicional Pataxó. A letra da canção fala da beleza natural da aldeia, valoriza as tradições indígenas e celebra Jesus.
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Time mirim faz roda de oração com canto tradicional Pataxó na aldeia Mãe Barra Velha, em Porto Seguro-BA
Depois da oração, em um primeiro momento os atletas se aquecem com exercícios de alongamento. Em seguida, os participantes são divididos em equipes para jogarem entre si. As aulas são ministradas pelo coordenador de esportes e lazer, Charles Braz, para a turma mirim, formada por crianças de 4 a 8 anos, e para outra turma com atletas entre 10 e 18 anos. No dia 4 de fevereiro, por exemplo, o treino esportivo na aldeia Mãe Barra Velha foi voltado para ativação muscular e desenvolvimento de habilidades no campo. Os atletas Pataxó finalizaram o treino com um jogo em campo reduzido.
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No dia 11 de fevereiro, a equipe da SEPOCS realizou um treino de futebol de base na mesma aldeia. No total, 27 indígenas do povo Pataxó foram beneficiados. Durante o treino, os colaboradores fizeram um trabalho físico e técnico para desenvolver força, velocidade e mudanças de direção dos atletas indígenas. O treino foi finalizado com um jogo coletivo em campo. Esta iniciativa da SEPOCS valoriza não só a educação, a cultura e o esporte para os povos originários, como também é uma oportunidade de crescimento profissional para os indígenas que pretendem seguir carreira profissional no esporte. Dessa forma, eles têm chances de participarem de avaliações de futebol, onde podem ser notados por times maiores.
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Este esporte faz tanto sucesso na aldeia Mãe Barra Velha, que surgiu a escolinha Ãkihê Kahab de Futebol. Nesta terça-feira, 18 de fevereiro, a equipe da SEPOCS promoveu um treino de futebol para os alunos desta escola. O treino foi iniciado com uma oração. Em seguida, os atletas do povo Pataxó fizeram exercícios de trabalho físico e encerraram com um jogo no campo. No total, 45 indígenas foram beneficiados.
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A Confederação também incentiva a prática de esportes por meio do Campeonato Nacional de Futebol Indígena, jogado em todo o país, em cada uma das cinco regiões, com 2,7 mil atletas e 92 equipes. Este campeonato é organizado pela União Nacional Indígena, UNI, com apoio da CONAFER, seguindo as regras oficiais do futebol determinadas pela Confederação Brasileira de Futebol, CBF, e da Federação Internacional de Futebol, a FIFA. Voltado para a modalidade masculina, ele tem como objetivo valorizar a cultura e a inclusão dos povos indígenas, além de fortalecer o esporte nas aldeias. As etapas do torneio contam com a narração e comentários de Wilson Ribeiro, e áudio e vídeo por Evori Gralha, todos transmitidos ao vivo no canal da TV CONAFER no YouTube.
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Projetos que incentivam crianças, adolescentes e jovens indígenas na prática de esportes, como estes desenvolvidos pela CONAFER, são a prova do compromisso da entidade em promover qualidade de vida, saúde, valorização da cultura e autonomia nas aldeias. No Dia do Esportista, a Confederação destaca que o esporte ajuda no desenvolvimento de cidadãos, além de cultivar valores como o senso de justiça, o respeito ao próximo e o trabalho em equipe. Os treinos semanais na aldeia Mãe Barra Velha, na Bahia, organizados pela SEPOCS, não só proporcionam momentos de lazer e diversão para as comunidades indígenas, mas também oferecem conhecimentos esportivos que fortalecem os sonhos de jovens atletas.