O dia 15 de dezembro foi escolhido para lembrar da importância da economia solidária, base das relações humanas e da cooperação entre os protagonistas do segmento econômico que mais contribui para a segurança alimentar do país. A data foi criada em homenagem a Chico Mendes, ambientalista nascido neste dia e reconhecido internacionalmente por sua luta ao lado dos povos da floresta amazônica. Sua causa era social, econômica, política, ecológica, cultural, e principalmente, solidária. A CONAFER promove a economia solidária estimulando o desenvolvimento socioeconômico de camponeses, pecuaristas, extrativistas, lavouristas, indígenas, quilombolas, posseiros, ribeirinhos, assentados e acampados em todo o território brasileiro. A economia solidária é fundamental para repensar as condições de produção, consumo e distribuição da riqueza, sem perder o foco na valorização do ser humano

O Dia Nacional da Economia Solidária marca a homenagem ao seringueiro Chico Mendes e a conscientização de todos sobre a importância da preservação da floresta nativa para a vida do planeta. Foi assim que o ativismo ecológico de Chico Mendes ganhou dimensões internacionais. Por isso, o movimento de economia solidária do Brasil decidiu que o dia do nascimento de Chico deveria ser dedicado a essa causa urgente que representou sua própria vida.

O Dia Nacional da Economia Solidária marca a homenagem ao seringueiro Chico Mendes, ativista ambiental reconhecido no mundo inteiro a grande promotor da economia solidária

A expressão economia solidária traduz um movimento que ocorre no mundo todo em favor da produção, consumo e distribuição da riqueza com foco na valorização do ser humano e respeito ao meio ambiente. A sua base são os empreendimentos coletivos, como associações e cooperativas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a economia solidária é um importante segmento para o desenvolvimento da Agenda 2030 e dos ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E a agricultura familiar é crucial para o objetivo maior da Agenda 2030, que é a extinção da fome no mundo.

Ao reunir associações agrofamiliares de todo o país, a CONAFER atua diretamente com uma parcela significativa da agricultura familiar brasileira em favor deste objetivo de garantir a segurança alimentar do planeta. O seu apoio à agroecologia, as ações de sustentabilidade no campo, a segurança jurídica dos seus associados, o acesso ao crédito e o fortalecimento dos produtores rurais como importantes demandadores de consumo, contribuem para uma economia solidária mais forte e participativa.

As paneleiras da comunidade indígena da Raposa 1, localizada na Raposa Terra do Sol, em Normândia-RR, são exemplo de economia solidária

Nas Federações e Sindicatos, as demandas de um país inteiro 

A estrutura nacional da CONAFER tem início com entidades de primeiro grau dentro do setor: os sindicatos locais, os SAFERs. Criados a partir de demandas do próprio agricultor, esses sindicatos não possuem nenhuma relação com partidos ou ideologias políticas, mas apenas com os trabalhadores do campo que buscam por espaços e garantias de existência. 

Os SAFERs vieram para suprir demandas de fomento do estado ao setor, como linhas de crédito e garantia da valorização do produto. Quando um estado atinge o número suficiente de SAFERs, uma Federação é criada naquela unidade da federação, a FAFER, servindo para levar as demandas dos agricultores aos poderes públicos, governo federal, ministérios e autarquias. Mantendo as premissas iniciais dos sindicatos e federações, a CONAFER é uma entidade sem fins lucrativos, cujo único objetivo é fomentar o desenvolvimento da agricultura familiar no país. E sempre de forma solidária.

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