da Redação

Investidores internacionais com ativos de R$ 20 trilhões sinalizam retirada de investimentos no país por meio de carta aberta às embaixadas brasileiras de 8 países

As embaixadas do Brasil nos Estados Unidos, Japão, Noruega, Suécia, Dinamarca, Reino Unido, França e Holanda receberam a carta em tom de aviso sobre os descalabros na Amazônia e com os povos tradicionais do nosso país.

1 bilhão de animais morreram nas recentes queimadas na maior floresta tropical do planeta

Depois de uma sequência de queimadas que colocaram a maior floresta tropical do mundo sob risco e a falta de compromisso no combate ao desmatamento, além da ausência de políticas de proteção dos direitos humanos, os investidores estrangeiros estão reavaliando o fornecimento de recursos financeiros para a maior economia da América Latina.

Já é a terceira vez em menos de um ano que o governo brasileiro é alertado. O recado é bem claro: eliminar o desmatamento e proteger os direitos dos povos indígenas. Com a pandemia da Covid-19 e uma ausência de ações sanitárias efetivas nos territórios de centenas de etnias, a situação fica ainda mais crítica. 

O Pajé Isaka Huni Kuin expressa sua tristeza ao perder a sua farmácia viva

Esta fuga de investimentos pode criar um cenário de isolamento do Brasil e transforma-se num desastre de grandes proporções no pós-pandemia, momento em que o país vai precisar mais do que nunca destes fundos na retomada da economia.

Não são apenas os investidores que fazem o alerta. Consumidores no mundo inteiro já adotam hábitos de compra apenas de produtos importados com selo de qualidade ambiental e de nações que respeitam suas comunidades tradicionais. É a nova face da economia global, mas que infelizmente o Brasil ainda não tomou consciência.


Fundos europeus podem deixar de investir R$ 8 trilhões em diversos setores econômicos

Focos de incêndio avançam para criar novas áreas de pastagens na Amazônia

São 7 grandes corporações europeias que devem deixar de investir em produtores de carne, operadoras de grãos, em títulos do governo do Brasil e outros setores econômicos, caso a crescente destruição da floresta amazônica siga avançando. Estas ameaças demonstram que o setor privado está adotando ações globais na proteção da maior floresta tropical do mundo.

Apesar de história mostrar o quanto fomos explorados pelos colonizadores, com a extinção de boa parte da Mata Atlântica e o genocídio dos povos originários, são eles que agora alertam a perda da nossa biodiversidade e a incapacidade de proteger os nossos indígenas. Cabe ao Brasil reagir e demonstrar sua soberania no cuidado com o seu território e o seu povo. 

Compartilhe via: