Os Guardiões de Proteção Ambiental foram acionados para atuar em operação de combate ampliado com atividades de prevenção a incêndios nas terras indígenas de Araribóia, Krikati, Governador e Porquinhos. Em Araribóia, no município de Amarante do Maranhão, 500 km da capital São Luís, reside o povo originário mais ameaçado do mundo, segundo a ONG Survival International, da etnia Awá. A equipe dos Guardiões, da Coordenação de Gestão da Ambiental (CGA) da Confederação, acionada para apoiar o Centro Especializado de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do IBAMA, na Operação Maranhão, foi composta pelo coordenador Marcelo Santana, o gerente administrativo Erisvaldo da Silva Pereira, o auxiliar operacional Evanílson de Jesus Rocha e o auxiliar administrativo Carlos Augusto Morais Gomes.

Depois de cursos, treinamentos e ações em Minas Gerais, na Bahia e no Distrito Federal, os Guardiões de Proteção Ambiental levaram o seu apoio técnico e operacional até o Maranhão, em 4 territórios indígenas. Nas capacitações realizadas pelo Prevfogo em Brasília, os servidores da CONAFER se prepararam para auxiliar nas operações de combate ampliado, assumindo funções estratégicas, juntamente com o Comandante do Incidente e a Coordenação Estadual. Foi utilizado o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), como ferramenta organizacional, quando a equipe se agrega na operação para apoio técnico na sala de situação e nas ações operacionais de campo.

Os Guardiões da CONAFER, Carlos Augusto, Marcelo Santana, Evanílson Rocha e Erisvaldo Pereira

As ações no Maranhão têm bastante relevância para assegurar a manutenção física e cultural dos povos originários, principalmente dos Awá, etnia com isolamento voluntário na terra indígena Araribóia, destaca Isolde Lando, Indigenista Especializada da FUNAI. “Quando analisamos a importância dessas atividades nos deparamos com a importância de estreitar as relações institucionais com o foco nas ações de prevenção para evitar os grandes incêndios florestais”, declarou Isolde Lando.

Em 2019, um grande incêndio consumiu parte das terras do povo mais ameaçado do mundo, os Awá, na Terra Indígena Araribóia

Segundo o coordenador Marcelo Santana, este acionamento coloca a Confederação em uma posição de destaque frente aos grandes cenários operacionais no Brasil.  “Essa é uma grande oportunidade dos colaboradores da CONAFER colocarem em prática todos os conhecimentos adquiridos nas capacitações e ao longo dos anos de trabalho com a temática de prevenção e combate aos incêndios florestais”, afirmou Santana.

Como vem acontecendo ao longo do ano em várias atividades, a CONAFER, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), estiveram novamente trabalhando em conjunto. Estas atividades, previstas para acontecer em territórios com indígenas isolados ou de recente contato, já vinham sendo detalhadas em reuniões entre o Prevfogo e as Coordenações técnicas da FUNAI, também com o aprofundamento na Oficina de Combate Ampliado, que ocorreu na sede do IBAMA em Brasília, da qual integrantes da CONAFER também participaram, e que agora foi aplicada no Maranhão.

Esta relação assegura a colaboração mútua na implementação de projetos de autogestão e com relação a continuidade das ações. O analista do IBAMA Rodrigo Falleiro, destacou a importância da união de esforços entre as instituições para levar mais desenvolvimento socioeconômico e ambiental. “A gente espera estreitar ainda mais a parceria, expandindo este programa de brigadas e estruturando de modo a possibilitar a essas comunidades o apoio para proteção, preservação, recuperação e realização de suas atividades de forma cada vez mais sustentável”, relatou Rodrigo Falleiro.

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