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ORGULHO INDÍGENA: Cartas de apoio reforçam a CONAFER como entidade de pertencimento e resistência

Associações indígenas filiadas à CONAFER enviaram dezenas de cartas reafirmando apoio à Confederação. As mensagens destacam a presença da entidade nos territórios e o respeito à identidade dos povos originários.

A Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil recebeu, nas últimas semanas, muitas cartas enviadas por associações indígenas filiadas de várias regiões do país. As manifestações ocorreram em meio às investigações conduzidas pela CPMI do INSS, nas quais a entidade e seu presidente, Carlos Lopes, foram citados.

Essas cartas expressam solidariedade e confiança na CONAFER. As lideranças reafirmam que a Confederação é uma aliada histórica das comunidades indígenas nas pautas da agricultura familiar, da autonomia econômica, da valorização cultural e da assistência social.

Essas manifestações reforçam algo que a CONAFER sempre afirmou. A Confederação não fala pelos povos indígenas. Ela fala com eles, lado a lado, em projetos de base, parcerias produtivas e ações que respeitam os modos de vida tradicionais.

Durante o depoimento à CPMI do INSS, o presidente da CONAFER negou todas as acusações de irregularidades e defendeu com firmeza o trabalho realizado pela Confederação em todo o Brasil. Carlos Lopes destacou o compromisso com a transparência e com a verdade, reafirmando que a CONAFER está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.

As associações indígenas filiadas à CONAFER vêm reafirmando em suas cartas que a entidade é reconhecida por sua atuação direta nas aldeias. Os relatos apontam ações de agricultura, programas de alimentação, telemedicina, apoio a mulheres e jovens indígenas e iniciativas culturais.

Nos últimos anos, a CONAFER consolidou presença ativa em mais de cento e cinquenta povos e cerca de oitocentas aldeias por meio da Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social. Essa presença não é apenas institucional. Ela é construída na escuta, na parceria e no respeito.

Durante o depoimento na CPMI, Carlos Lopes entrou na sala com as mãos pintadas de preto, uma pintura inspirada nas tradições indígenas e adotada como símbolo de resistência e solidariedade.

O gesto causou estranhamento em parte da plateia e de alguns parlamentares acostumados aos rituais formais da política tradicional. Mas, para as lideranças e comunidades indígenas filiadas à CONAFER, a mão preta foi compreendida como um símbolo de força, pertencimento e compromisso com as causas dos povos originários.

A cor preta, nesse contexto, não foi apenas tinta. Foi linguagem ancestral. Representou o solo, o trabalho, o sangue derramado e a luta de quem resiste em pé. A mão preta expressou um chamado à escuta, ao respeito e à descolonização da narrativa pública sobre o indígena e sobre o agricultor familiar.

Entre os povos que enviaram cartas de apoio, a imagem da mão preta passou a circular como símbolo de união e progresso, lembrando que não existe progresso sem identidade e que não há futuro sem respeito às raízes.

As manifestações de apoio também ressaltam o papel da CONAFER como uma entidade plural, apartidária e inclusiva. A Confederação reúne agricultores familiares, quilombolas, pescadores, extrativistas e indígenas sob o mesmo propósito de fortalecer a economia do campo e proteger os direitos de quem vive da terra.

Essa convergência não apaga as diferenças. Ela as reconhece e as valoriza. Na CONAFER, cada povo fala sua própria língua, mas compartilha o mesmo ideal de autonomia, dignidade e prosperidade sustentável.

É esse ideal que tem motivado as comunidades filiadas a manifestarem publicamente seu apoio. As cartas, além de declarações políticas, são testemunhos de pertencimento, expressões de orgulho e afirmações de identidade.

A CONAFER compreende a importância das investigações em curso e reafirma confiança plena nas instituições brasileiras. Ao mesmo tempo, reconhece que as denúncias e suspeitas divulgadas nos últimos meses não podem apagar uma trajetória construída com diálogo e resultados concretos.

A entidade reforça que atua dentro da legalidade, com documentação de filiações, autorizações e registros transparentes. Toda a estrutura está aberta à auditoria e à verificação pública.

O compromisso da CONAFER é com seus filiados e com a sociedade. A melhor resposta às dúvidas é o trabalho diário, visível em cada aldeia, assentamento e comunidade tradicional que hoje se reconhece como parte da Confederação.

A força da CONAFER nasce do encontro entre ancestralidade e futuro. As cartas de apoio das associações indígenas mostram que, mesmo em meio a ataques e investigações, há um sentimento coletivo de orgulho e pertencimento.

A mão preta, símbolo de resistência, também representa o trabalho das mãos que plantam, cuidam e constroem. É a mesma mão que assina as cartas de apoio, que cultiva o alimento, que ergue o território e que aponta para o futuro.

A CONAFER seguirá firme, com mãos pretas e cabeça erguida, honrando sua história, seus povos e sua missão de fortalecer a agricultura familiar e as comunidades tradicionais do Brasil.

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