Um marco histórico para a pecuária nacional: o anúncio do novo status sanitário do país realizado, nesta quinta-feira, 2 de maio, pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Com o fim da última imunização contra febre aftosa para 12 unidades da Federação e parte do estado do Amazonas, o Brasil avança no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA), e com o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em agosto, deve ser declarado totalmente livre da doença sem vacinação pelo organismo internacional. Este novo status não só valoriza a produção pecuária nacional, mas também impulsiona ainda mais o maior programa genético do país, o +Pecuária Brasil, contribuindo enormemente para o desenvolvimento da bovinocultura nacional

O Brasil, conhecido mundialmente por sua robusta indústria agropecuária, agora se destaca ainda mais ao se tornar parte de um seleto grupo de países que conseguiram erradicar a febre aftosa sem a utilização da vacina. Essa conquista é resultado de um árduo trabalho que envolveu não apenas a implementação de políticas públicas eficientes, mas também o comprometimento dos produtores em seguir rigorosos protocolos sanitários. Na esteira de um esforço conjunto entre o governo brasileiro, produtores rurais e entidades do setor, o Brasil celebrou recentemente um feito extraordinário: o país foi oficialmente declarado livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação. 

Com essa mudança de status, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em aproximadamente 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados, o que representa uma redução significativa de custos para os pecuaristas, estimada em mais de R$ 500 milhões. Além disso, o país se prepara para acessar mercados internacionais ainda mais exigentes, como o do Japão e da Coreia do Sul, abrindo novas oportunidades de exportação e elevando o preço das commodities brasileiras.

Ao erradicar a febre aftosa e se consolidar como país livre da doença sem vacinação, o Brasil fortalece sua posição no mercado internacional

O reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) não apenas consolida o Brasil como líder global no comércio de proteína animal, mas também fortalece a confiança dos consumidores e parceiros comerciais na qualidade e segurança dos produtos de origem animal brasileiros. 

A jornada rumo à erradicação da febre aftosa sem vacinação é uma prova da determinação e capacidade do Brasil em proteger sua pecuária e garantir a excelência de seus produtos no mercado nacional e internacional. Agora, com os olhos voltados para o futuro, o país se prepara para apresentar o pleito ao reconhecimento internacional em agosto de 2024, marcando mais um capítulo na história de sucesso da pecuária brasileira.

Os rebanhos do programa +Pecuária Brasil passam por severos protocolos sanitários para a inseminação artificial, incluindo o controle de vacinas

O anúncio autodeclaratório da evolução da situação sanitária do país ocorre como parte do processo para o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), representa o fim do ciclo de vacinação, iniciado há mais de 50 anos e o reconhecimento da qualidade da produção pecuária nacional e da qualidade do Serviço Veterinário Oficial.

“É o início de um processo em que o Brasil troca de patamar com um grupo de elite sanitária mundial, que é muito mais difícil se manter nessa elite. Com toda a dedicação, com os estados, todo o sistema, envolvidos, vamos atingir mercados muito exigentes, mas muito recompensadores.Vamos poder vender pra Japão, Coreia do Sul, que são mais remuneradores e poucos países podem acessar. Ao se declarar livre da Febre Aftosa sem Vacinação, o Brasil dá um passo importante”, anunciou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na solenidade de ontem. 

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, que é um estágio extremamente elevado de sanidade animal e de boa defesa agropecuária”, pontuou o vice-presidente Alckmin, presente no anúncio ao lado do ministro Fávaro. “Isso vai nos abrir novos mercados, elevar o preço das exportações e acessar mercados mais exigentes. Agora vamos trabalhar para ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal”, completou.

O anúncio autodeclaratório da evolução da situação sanitária do país foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao lado do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no anexo II do Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (2)

A última ocorrência da doença em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas livres, que deram sustentação ao destaque do país como líder mundial no comércio de proteína animal, em bases sustentáveis. Ao erradicar a febre aftosa e se consolidar como país livre da doença sem vacinação, o Brasil fortalece sua posição no mercado internacional, aumentando a confiança dos consumidores e dos parceiros comerciais na qualidade e na segurança dos produtos de origem animal brasileiros.

O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela OMSA. Para isso, a Organização exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil prevê apresentar o pleito à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade. 

A última ocorrência da febre aftosa em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas livres, que deram sustentação ao destaque do país como líder mundial no comércio de proteína animal, em bases sustentáveis

A aceitação pela OMSA do padrão sem vacinação abre caminhos para que os produtos pecuários oriundos destes estados possam acessar os mercados mais exigentes do mundo. Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Com informações do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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