4 de outubro é dedicado à natureza e aos animais. Os dois simbolizam a complexidade e a beleza da vida na terra. Ambos, natureza e animais, formam um espetáculo único de mais de 4 bilhões de anos. O Dia da Natureza lembra a importância da preservação do meio ambiente. Os animais tem uma declaração de direitos, a “Declaração Universal dos Direitos dos Animais”, criado pela Unesco. Os animais nos ensinam como cuidar do planeta e respeitar a natureza. São eles que dominam o ar, a terra, as matas e florestas, reinando absolutos nos rios e nas profundezas do mar. Mas a humanidade não freia o ímpeto destruidor, e vemos enchentes em grandes cidades e geleiras derretendo pelas mudanças climáticas, mares poluídos pela sujeira dos plásticos e esgotos, rios mortos por desastres ambientais, biodiversidade destruída em guerras, matas degradadas e queimadas, devastadas junto com milhões de animais mortos em incêndios florestais. Que no próximo 4 de outubro, tenhamos alguma boa notícia para comemorar
A biodiversidade do planeta é a maior preocupação quando falamos do meio ambiente da terra. A grande variedade de formas de vida encontradas nos mais diferentes ambientes e ecossistemas da terra vem diminuindo. Hoje, são mais de 8 milhões de espécies de seres vivos, que se dividem em 5 reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera. A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção. Por isso, é tão importante apoiar todas as iniciativas de defesa da natureza, dos ecossistemas e da produção sustentável como forma de garantir a biodiversidade do planeta, como por exemplo, a produção agroecológica.
O termo diversidade biológica, ou biodiversidade, foi criado na década de 1980 para se referir ao número de espécies de seres vivos existentes no planeta, incluindo todos os vegetais, animais e microrganismos
É por meio da flora e da fauna que os ecossistemas regulam os processos climáticos, filtram e purificam a água, reciclam nutrientes, mantêm a fertilidade dos solos, tornando-se fontes naturais de recursos. Mas o que garante a proteção ambiental a diversidade das espécies. A variedade genética dentro das populações de uma espécie é muito importante, porque permite fornecer adaptações para os diferentes locais em que a espécie venha a habitar. O Brasil é o país que detém a maior biodiversidade de flora e fauna do mundo. São mais de 103 mil espécies animais e 43 mil espécies vegetais conhecidas pela ciência. Esses números são importantes não só para os brasileiros, mas para o planeta todo, já que a diversidade da natureza é a chave para a sobrevivência humana.
A Amazônia é o maior bioma do Brasil, ocupando quase metade do território nacional
Toda esta biodiversidade do Brasil encontramos em 6 biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa, e mais um sétimo: a Amazônia Azul. Cada bioma é caracterizado por diferentes tipos de vegetação e fauna, e é identificado por fatores como clima, geologia e região. A Amazônia é o maior bioma do Brasil, ocupando quase metade do território nacional. O Pantanal é o menor, ocupando menos de 2% do território. Os biomas são importantes para a sobrevivência das espécies e para a conservação da biodiversidade. Eles fornecem recursos vitais para a subsistência, como oxigênio e carbono, e matérias-primas como alimentos. No entanto, os biomas enfrentam ameaças como desmatamento, urbanização e mudanças climáticas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário estabelecer políticas públicas ambientais.
Atualmente é provável que cerca de seis espécies de animais entrem em extinção a cada ano. A maioria delas são animais pequenos localizados em áreas muito restritas como, por exemplo, os caramujos terrestres e anfíbios, mais sensíveis às mudanças climáticas. Mas as plantas e os animais de grande porte também correm diversos riscos, muitos ligados ao tráfico ilegal ou mesmo ao abandono de espécies exóticas em locais diferentes de seu habitat natural, fazendo com que elas entrem em competição com as espécies nativas por alimento e espaço.
A criação do Dia Mundial dos Animais começa oficialmente em 8 de maio de 1931, em Florença, na Itália. Nesse dia, órgãos de proteção aos animais se reuniram no International Animal Protection Congress e decidiram instituir a celebração do Dia Mundial dos Animais em 4 de outubro, Dia de São Francisco de Assis, santo padroeiro dos animais e da natureza. A criação do 4 de outubro, Dia Mundial dos Animais, atendeu a um pedido do escritor e ativista alemão Heinrich Zimmermann. Ele foi o idealizador da celebração, ocorrida em 1925, em Berlim, na Alemanha
Para proteger a fauna e a flora, os governos criam programas de pesquisa, conservação, manejo, fiscalização, educação ambiental entre outras políticas públicas que, juntas, atuam sob diferentes perspectivas em busca de se manter o equilíbrio entre as espécies. Organizações não-governamentais também promovem trabalhos independentes, muitos dos quais podem envolver não especialistas que estejam interessados em lutar pela causa. Infelizmente os dados são alarmantes de violência contra animais. De acordo com a Agência Brasília, esse crime é o segundo maior registrado no Disque Denúncia da Polícia Civil. Maltratar animais é crime, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605). Além disso, em setembro de 2020, aumentou-se a pena para quem praticar atos violentos contra animais. A reclusão passa a ser de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.
Denuncie a violência contra os animais e os incêndios:
É possível se dirigir a uma delegacia ou fazer a denúncia por telefone, ligando para a Polícia Militar (190). Se as vítimas forem animais silvestres e espécies exóticas, o Ibama (0800 061 8080) deve ser acionado.
Em caso de incêndio, você pode ligar para o Corpo de Bombeiros no número 193, que é gratuito em todo o Brasil. Em caso de incêndio florestal, você também pode ligar para a Defesa Civil no número 199.
No Distrito Federal, você pode denunciar incêndios florestais através do número (61) 9224-7202, que é o telefone da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (DPCIF) do Instituto Brasília Ambiental. Você também pode enviar mensagens e a localização do fogo pelo WhatsApp.