Depois do adiamento do lançamento do dia 26 de junho para 3 de julho, o novo Plano Safra é ansiosamente aguardado pelo segmento agrofamiliar e a agricultura empresarial. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, havia informado um total de R$ 475,5 bilhões no biênio 24/25. Para o agrofamiliar, seriam R$ 74,98 bilhões, enquanto setor do agro convencional, R$ 400,6 bilhões. Ocorre que o cenário econômico muda muito rapidamente, e agora temos a valorização da moeda americana em relação ao real pressionando os custos dos produtores, o setor produtivo pleiteiando um aporte entre R$ 500 e 570 bilhões, além de uma possível revisão dos valores e taxas destinados aos mais de 280 mil pequenos produtores afetados pelas cheias no Rio Grande do Sul. Na quarta-feira teremos as respostas para estas dúvidas e o valor real daquele que deve ser o maior Plano Safra da história

O Plano Safra 24/25 deve incluir a ampliação da produção de alimentos, subsídios nas taxas de juros e incentivo à mecanização dos pequenos agricultores. O plano prevê esforços para aumentar a produção de legumes, verduras, frutas, arroz e feijão, além de melhorias na produção de leite, agroindústria e cooperativas, segundo o ministro. Uma das prioridades seria a agroecologia, promovendo uma transição de uma agricultura de base química para uma de base biológica. 

Está previsto um estímulo para que as indústrias brasileiras de máquinas produzam equipamentos menores e com mais tecnologia adequada às necessidades dos pequenos produtores. O Plano Safra 24/25 tinha a previsão de R$ 475,56 bilhões em recursos para os financiamentos de pequenos, médios e grandes produtores, conforme havia informado o ministro Carlos Fávaro. O montante é 9,7% maior que os R$ 435,8 bilhões disponibilizados no biênio 23/24.

Com o avanço do dólar sobre o real, aumentando as despesas com insumos que serão importados para a próxima temporada, o mercado espera um acréscimo de valores do Plano e taxas de juros mais aprazíveis nesta quarta-feira durante o lançamento no Palácio do Planalto. Há a previsão de uma linha dolarizada para custeio com juros pré-fixados, equalização os juros ante a mudança da curva da Selic e uma possível restrição de crédito.

No final de maio, os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad, reuniram-se para tratar dos recursos tanto para seguro rural quanto para o apoio à comercialização agrícola no Plano Safra 2024/2025. Na ocasião, o ministro Fávaro apresentou uma proposta de aumento para o crédito rural da agricultura empresarial, como suplementação orçamentária do seguro rural e para o apoio à comercialização agrícola, necessário diante das mudanças climáticas e para o estímulo à produção diversificada no país. Para o novo Plano Safra, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) busca viabilizar os investimentos importantes para a agricultura e para agroindústria, bem como estimular a diversificação da produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca em várias regiões do país.

Com informações do Mapa.

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