Foto: Xavier Bartaburu
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Brasil tem 1,7 milhão de indígenas, sendo que 123 mil vivem no Sudeste. Um mapeamento feito nesta quarta-feira, 15 de janeiro, pela Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social (SEPOCS) mostra que, só no Sudeste, os serviços da CONAFER atendem mais de 3 mil famílias indígenas, nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Considerando que cada família tem 5 pessoas, a CONAFER atende aproximadamente 15 mil pessoas indígenas nesta região. O objetivo deste levantamento é desenvolver estratégias de trabalho para a SEPOCS com base nas necessidades das aldeias de cada região brasileira, dando continuidade às ações sociais da Confederação que levam educação, saúde e segurança alimentar para os povos originários de todo o país
Em números, o resultado do compromisso da CONAFER em apoiar os povos tradicionais é claro e real. Em 2024, mais de 7 milhões em PAA foram conquistados para aldeias, mais de 300 brigadistas combateram o fogo nos territórios indígenas e as ações sociais alcançaram todos os estados e regiões do Brasil. No Sudeste, mais de 3 mil famílias são beneficiadas pela Confederação e seguirão recebendo um olhar cuidadoso dos colaboradores da Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social (SEPOCS) neste ano de 2025.
Em 2024, a Diretoria de Projetos e Ações Integradas para os Povos da CONAFER conquistou mais de 7 milhões em PAA para as aldeias indígenas de todo o país
De acordo com o levantamento da SEPOCS, no Espírito Santo, 1.226 famílias dos povos Tupinikim, Krenak, Botocudo, Coropo, Pataxó, Puri e Maxakali são beneficiadas com os serviços da CONAFER. Dessas comunidades, 526 famílias são da aldeia Tupiniquin. Na aldeia Camboios, 180 famílias dos Tupinikim e Botocudo são atendidas pela Confederação. Neste estado, o povo Tupinikim vive em todos os municípios beneficiados pela CONAFER: Aracruz, Anchieta, Divino São Lourenço e Linhares.
Jovem Tupiniquim no território indígena de Aracruz – Foto: Thalia Oliveira
No estado de Minas Gerais, a CONAFER atende 1.431 famílias dos povos indígenas Aranã Caboclo, Pankararu, Pataxó, Guajajara, Canoeiro, Mokurin, Maxakali, Pataxó Hã-hã-hãe, Krenak, Pataxó, Xukuru-Kariri, Kariri, Warao, Caxixó, Guarani, Tuxá e Puri. Neste estado, o maior número de beneficiados é do povo Maxakali, com 660 famílias beneficiadas, que vivem nos municípios de Ladainha, Teófilo Otoni, Bertópolis e Santa Helena de Minas. O segundo maior povo beneficiado é o Pataxó Hã-hã-hãe, com 146 famílias beneficiadas, que habitam os municípios de Itapecerica, Belo Horizonte, Contagem, São Joaquim de Bicas, Esmeraldas e Bertópolis.
Ritual na Terra Indígena Maxakali com a presença do gavião-espírito – Foto: Xavier Bartaburu
No Rio de Janeiro, os serviços da CONAFER alcançam os povos indígenas Pankararu, Bacairi, Tupinambá, Guarani, Kaxinawá, Maxakali e Puris, totalizando 366 famílias originárias. Neste estado, os povos mais numerosos em beneficiados são os Bacairi e Tupinambá, com 190 famílias indígenas, que vivem nos municípios São Fidélis, Resende e Rio Claro. Em segundo lugar vem o povo Guarani, com 60 famílias indígenas beneficiadas, que vivem no município de Angra dos Reis. Já em São Paulo, os serviços da CONAFER alcançam o povo indígena Tupi Guarani, totalizando 39 famílias originárias, que vivem no município de São Paulo.
Indígenas do povo Tupinambá – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Ao atender mais de 15 mil indígenas no Sudeste, a CONAFER ajuda no fortalecimento da agricultura familiar nas aldeias e na valorização da cultura indígena, promovendo a autonomia e a segurança alimentar dessas comunidades. A Confederação realiza, de forma permanente, trabalhos nas aldeias que promovem o bem-estar, o lazer e a saúde dos indígenas, por meio de treinos esportivos, do apoio a atividades culturais e do programa Mais Vida Brasil. Além disso, por meio da SEPOCS, a CONAFER apoia essas famílias de povos originários com assistência técnica, capacitação, doações e outras ações socioeducativas, permitindo que essas comunidades tenham melhores condições de vida, preservando seus territórios e fortalecendo sua participação ativa na economia e na defesa de seus direitos.
