07 de dezembro. Dia Nacional da Silvicultura
Esse dia é para conscientizar produtores rurais e a sociedade sobre a importância da silvicultura para preservar, recuperar e minimizar os impactos ao meio ambiente
A data de 7 de dezembro como o Dia Nacional da Silvicultura foi instituída em 2012, e busca conscientizar produtores rurais e a sociedade sobre a importância da silvicultura, tanto para a economia como para o meio ambiente.
A palavra silvicultura tem origem no latim e quer dizer cultivo de árvores (cultura) da floresta (silva). Esta ciência estuda os métodos naturais e artificiais para restaurar e melhorar o povoamento das florestas, auxiliando na recuperação das árvores, principalmente das espécies em extinção, e no equilíbrio dos ciclos de renovação de nutrientes, visando um melhor aproveitamento e uso consciente.
O uso das tecnologias tem agravado os problemas ambientais. É por conta disso que a silvicultura presta serviços tanto nos meios rurais e urbanos quanto na área industrial. Desta forma, ela torna-se fundamental para o atendimento sustentável das demandas da indústria e auxilia na preservação das matas nativas e da biodiversidade.
A ciência é dividida em duas partes, a clássica e a contemporânea. Silvicultura clássica trata de preservar e restaurar florestas naturais, já a contemporânea tem o objetivo de plantar e manter sítios cultivados artificialmente, ou seja, plantados pelo homem.
O objetivo de ambas é a produção de madeira e, durante seu manejo, é necessária a participação de técnicos de diversas áreas. Porém, a silvicultura moderna não tem apenas a finalidade de produzir madeira, mas também serviços e bens.
Por tudo isso, destaca-se a importância ambiental e econômica da silvicultura, agindo em favor da preservação do planeta, sua fauna e flora, ao mesmo tempo em que atua em função do mercado, permitindo a viabilização da produção. Na indústria, a silvicultura aumenta a homogeneidade dos produtos, o que torna as máquinas mais adequadas, e favorece o combate às pragas que causam prejuízo na produção. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1990 até 2000 se alcançou 44% de aumento das florestas plantadas, número que só tende a crescer ao longo dos anos.
Agricultura familiar e os sistemas agroflorestais
As culturas destinadas à produção de alimentos não estão limitadas a áreas que precisam ser preparadas. O aproveitamento de áreas florestadas, como as capoeiras – formações florestais que substituem o povoamento anterior, eliminado por perturbações naturais ou antrópicas, e que atingem um estágio estável –, é uma solução econômica e ecologicamente viável, desde que bem planejada.
Uma das soluções para que haja uma possibilidade de aproveitamento destas áreas é o manejo direcionado, com plantios de enriquecimento, e a introdução de espécies de valor econômico, visando a formação de um sistema diversificado de produção.
Uma das técnicas da silvicultura mais conhecidas é a dos sistemas agroflorestais, que são caracterizados pelo consórcio entre espécies agrícolas e espécies florestais, além de animais, implantados de acordo com os objetivos do produtor, susceptíveis a alterações e/ou introdução de outros componentes ao longo do tempo, tendo como prioridade a produção de alimentos ou outros produtos de valor econômico.
Todo sistema agroflorestal pode ser planejado para ser ecologicamente eficiente, superando os sistemas agrícolas de monocultivo, tantos em termos ecológicos quanto econômicos. Mas é importante e necessária a ampliação do quadro de assistência técnica que irá direcionar o produtor no estabelecimento e manejo.
As espécies a serem utilizadas num sistema agroflorestal, ou mesmo em programas de enriquecimento em áreas de capoeira, devem ser selecionadas de acordo com suas características ecológicas e devem também apresentar viabilidade econômica ao agricultor, além de um mercado pré-estabelecido que garanta que o investimento seja factível.
Por isso a necessidade de um assessoramento técnico permanente. Vários estados, especialmente na região Norte, possuem redes de pesquisas que desenvolvem os principais sistemas de silvicultura, facilitando a decisão do agricultor familiar de optar por esta modalidade de cultura.