Por Fernanda Rettore

Em um mundo cada vez mais consciente dos desafios ambientais, o crédito de carbono surge como uma opção surpreendente — e muito eficiente — na luta contra as mudanças climáticas. Trata-se de um instrumento financeiro que visa minimizar as emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases responsáveis pelo aquecimento global, ao quantificar e compensar as liberações gasosas através de um impulso monetário.

O processo de crédito de carbono envolve duas partes, a poluente e a compensadora. No primeiro grupo estão as empresas e organizações que desejam mitigar a poluição gerada pelos seus negócios; no segundo, estão os projetos sustentáveis que contribuem para a redução das emissões, podendo tratar desde a implementação de energias renováveis até o reflorestamento. 

Os projetos devem comprovar sua capacidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, equivalente a uma tonelada métrica de CO2, seguindo os padrões e critérios estabelecidos pelos órgãos reguladores ambientais. Após a confirmação dos resultados, os projetos recebem créditos de carbono que podem ser vendidos no mercado para as empresas interessadas em compensar a própria atividade poluente. Dessa forma, cria-se um incentivo econômico para a transição do cenário atual em um futuro mais sustentável, em que a diminuição do dano ambiental é promovida independentemente da localização geográfica das práticas.

O crédito de carbono contribui de forma significativa na implementação das pautas citadas nas Conferências das Partes, ao encorajar ações concretas para limitar o aumento da degradação pós-industrial. Essa alternativa, oferece uma abordagem flexível para a redução de emissões, pois permite que países, empresas e indivíduos contribuam de maneira conjunta nos esforços globais. Com a crescente necessidade por ações em prol da estabilidade climática, espera-se que o mercado de crédito de carbono continue a evoluir.

Em última análise, o crédito de carbono é uma estratégia pragmática e colaborativa para gerenciar eficientemente as emissões de gases de efeito estufa. Em meio aos esforços globais para moldar um futuro mais sustentável, essa abordagem mercantil-ambiental desempenha um importante fator na construção de um caminho direcionado a um planeta mais saudável, visto que o crédito de carbono gera recursos para os que investem em energia limpa e para quem mantém a floresta em pé.

Fontes:

https://exame.com/esg/o-que-e-credito-de-carbono-e-como-eles-sao-comercializados/

https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2023/10/02/o-que-e-o-credito-de-carbono-entenda-o-mercado-que-pode-gerar-recursos-para-quem-mantem-a-floresta-em-pe.ghtml

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