da Redação
Nesta quinta-feira, 2 de setembro, a CONAFER deu mais um passo para avançar em projetos e programas com o governo goiano. O chefe do executivo de Goiás recebeu no Senado Federal, a secretária da recém-criada Secretaria Nacional de Turismo para uma pauta, em que diversos assuntos foram abordados, entre eles o agroturismo e o ecoturismo, como também foi uma oportunidade de avançar no acordo de cooperação com o Estado para levar o +Pecuária Brasil aos pecuaristas familiares goianos. O governador Caiado conheceu os programas da Confederação, falou do compromisso e dos investimentos do seu governo no setor do turismo rural, e se mostrou bem receptivo às ideias e propostas apresentadas, sinalizando que em breve teremos novidades sobre parcerias com o estado de Goiás
Com a missão de fomentar e desenvolver o agroturismo, a SETUR, Secretaria Nacional de Turismo da CONAFER, quer mobilizar e integrar os agricultores familiares potencialmente em condições de fazer parte do mercado do turismo rural. Identificar novos canais turísticos, valorizar as culturas locais, promover feiras e serviços, criar um calendário anual de atividades ecoturísticas e fortalecer as relações com estados e municípios, são algumas das ações da SETUR.
Por isso, esta aproximação com Goiás é muito importante. O Estado é rico em atrações naturais e cenários perfeitos para o ecoturismo, destacando-se a Chapada dos Veadeiros e municípios por todo o território estadual com vocação para o turismo rural, como Caldas Novas, Pirenópolis, Cavalcante e dezenas de outras cidades.
Aliás, o Estado tem feito investimentos no segmento por meio do GoiásFomento, com prioridade para ampliar a retomada do turismo e assegurar a manutenção de empregos. São recursos de R$ 84 milhões disponibilizados em linhas de crédito específicas para alavancar o setor, envolvendo hotéis, pousadas, restaurantes, guias de turismo, agentes de viagens e promoção de eventos nos 246 municípios goianos.
As linhas de crédito são bem amplas e visam atender toda a cadeia produtiva do turismo com valores que podem chegar a R$ 2 milhões, com prazo de pagamento de até 240 meses, incluindo carência de até 60 meses para aplicação em obras civis, ampliação, modernização, reforma e aquisições, quando integrarem projetos de capital fixo e capital de giro associado.
Os financiamentos para aquisição de máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos com capital de giro associado e/ou capital de giro puro, podem chegar até R$ 2 milhões com prazo de até 60 meses para pagar e 12 meses de carência. Em ambos os casos os juros são de 5% ao ano mais Selic. Além dos Guias de Turismo, que contam com linha de crédito especial com taxa de juros ainda menores 2,5% mais Selic. Podendo obter R$ 8 mil com prazo de até 48 meses e carência de 12 meses.
Para a secretária Renata Frota, “existe uma grande demanda no setor turístico, e a CONAFER está bem atenta para oferecer aos seus agricultores familiares as condições para estruturar os seus negócios, e ao mesmo tempo, levar as políticas públicas de estados e municípios.”
Um exemplo é o +Pecuária Brasil, o programa inédito de melhoramento genético voltado aos pequenos produtores. Renata Frota recebeu do governador Caiado a promessa de avançar com o acordo de cooperação técnica no estado. Para isso, Tiago Freitas de Mendonça, secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Seapa, vai cuidar para que o programa seja realmente efetivado, e com o mesmo sucesso de outros estados.
Conheça os impactos positivos do Turismo Rural:
- Aumenta a participação e a parceria entre as propriedades rurais. Quando uma propriedade complementa a outra, seja nos atrativos, seja na oferta de produtos/serviços, o turismo rural torna-se mais eficaz e rentável;
- Permite uma série de benefícios à comunidade receptora, como geração de novas despesas com pagamentos de funcionários e matérias-primas. Na verdade, o turismo rural, aquece a economia da região;
- Estimula as atividades produtivas nas propriedades vizinhas, que passam a contribuir com o fornecimento de artesanatos e alimentos;
- Contribui com a preservação e a valorização do patrimônio natural, pois estimula a sensibilização ambiental dos visitantes e da comunidade rural;
- Contribui com a valorização do patrimônio cultural, ao resgatar a cultura local, seja por meio da gastronomia e da arquitetura, seja por meio das atrações culturais, como festas típicas e música regional;
- Descentraliza o fluxo turístico, nas regiões já conhecidas e famosas, conforme vão sendo abertos novos núcleos turísticos no meio rural;
- Promove os produtos tradicionais da propriedade, como artesanatos e quitandas;
- Fomenta o artesanato e os produtos alimentícios da região;
- Melhora a qualidade de vida no meio rural, pois além de gerar renda a várias famílias rurais, o turismo rural aperfeiçoa a infraestrutura básica da região;
- Auxilia na formação educacional do homem do campo, por meio da capacitação profissional, além de melhorar a qualidade dos produtos/serviços oferecidos aos turistas;
- Além de apresentar função didática e educativa, o turismo rural favorece a interação social e cultural de quem mora no meio urbano com os moradores do campo;
- Garante continuidade às atividades tradicionais da propriedade e contribui com a manutenção da família rural no campo, graças às novas oportunidades de emprego no meio rural.
Com pesquisa de Marcio Taniguti.