Hoje, 15 de abril, celebramos o Dia Nacional da Conservação do Solo, uma data de reflexão sobre a importância vital que este recurso natural tem para o nosso país. O solo é mais do que apenas terra debaixo dos nossos pés, mas o alicerce da nossa agricultura, um componente essencial para a produção de alimentos e um guardião da biodiversidade. Celebrar o solo é uma iniciativa também reconhecida pela ONU, o que destaca a importância global da sua conservação. Mais de 60% do solo brasileiro apresenta excelente potencial produtivo. Isso significa que mais de metade do nosso território possui condições favoráveis para impulsionar nossa capacidade agrícola, contribuindo não apenas para a segurança alimentar, mas também para a economia nacional
É fundamental compreender que a conservação do solo não é apenas uma questão agrícola, mas também ambiental. Solos saudáveis desempenham um papel importante na mitigação das mudanças climáticas, na redução das emissões de gases de efeito estufa e na preservação da biodiversidade. Além disso, a saúde do solo está diretamente ligada à disponibilidade de água, um recurso cada vez mais precioso em tempos de secas e mudanças climáticas.
Neste dia especial, devemos reconhecer o trabalho incansável dos agricultores e dos especialistas em conservação do solo, que dedicam suas vidas para garantir que nossa terra permaneça fértil e produtiva. Também é um momento para refletir sobre as práticas de manejo sustentável que podemos adotar em nossas comunidades, promovendo a preservação do solo para as gerações futuras. À medida que avançamos, devemos continuar investindo em pesquisa, educação e políticas que promovam a conservação do solo. Somente assim poderemos garantir que o solo continue sendo o alicerce da nossa agricultura e o sustentáculo da nossa nação.
É preciso cuidar da preservação da saúde do solo, no campo e nas cidades. É fundamental para a produção agrícola, além de impactar diretamente no meio ambiente e ecossistemas
Devemos adotar práticas adequadas de manejo do solo, promovendo a restauração das condições de equilíbrio e sustentabilidade. Solos saudáveis possuem uma maior capacidade de retenção de água, o que pode ajudar a enfrentar desafios relacionados à seca e à erosão, fenômenos diretamente ligados às dificuldades que a agricultura enfrenta em várias partes do país. A conservação pode auxiliar na captação de carbono da atmosfera, diminuindo a emissão de dióxido de carbono, um dos principais gases contribuintes para o aquecimento global.
O país apresenta uma área agricultável disponível total estimada em 152,5 milhões de hectares ou 17,9% do território, sendo que apenas 7,3 % do território é constituído por área já utilizada pela agricultura
O Brasil tem mais de 500 tipos de solos. Mas quantos deles podem desenvolver uma produção agrícola eficiente? O Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil, publicado pelo IBGE, de forma inédita classifica, interpreta e visualiza o potencial natural dos solos para uma agricultura de excelência. A data de 5 de dezembro foi escolhida por ser o Dia Mundial do Solo. O estudo mostrou que dos solos existentes no Brasil, 29,6% tem boa e 2,3% muito boa qualidade para agricultura. Outros 33,5% ficam na categoria moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos. Se somarmos estas porcentagens, mais de 60% do nosso solo está em condições de aumentar significativamente a nossa capacidade produtiva no campo. Sobre as áreas com restrições significativas, são 21,4% do território nacional. Em 11% do país as áreas têm restrições muito fortes ao uso agrícola.
Os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados segundo características como textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, para definir se a terra tem potencialidade ou restrições ao desenvolvimento agrícola. Os locais com potencialidade moderada são as que têm relevos ligeiramente acidentados e que exigem adequações para a agricultura, mas que são relativamente fáceis de serem corrigidos.
As áreas com restrições significativas têm relevos mais acidentados, com problemas de fertilidade e restrições de profundidade, o que pediria ações mais complexas de manejo agrícola e uma agricultura especializada adaptada. A área total de agricultura mapeada no Brasil passou de 19 milhões de hectares em 1985 para 55 milhões de hectares em 2020.
Com informações do IBGE, Agência Brasil e Jornal O Foco.