da Redação

O último Censo Agropecuário de 2017 mostra que 51,4% da produção brasileira de suínos pertencem ao setor agrofamiliar; cadeia produtiva da suinocultura nas pequenas propriedades é de alta sustentabilidade.

A suinocultura é um sistema produtivo e reprodutivo que exige muita disciplina de cada produtor. É um trabalho duro, de muito conhecimento técnico, da nutrição à saúde dos animais, sempre na busca da melhor qualidade da produção.
O sistema de integração suinícola se organiza com o envolvimento de outros atores da sustentabilidade: a atividade exige pouca área de terra, ajuda na produção leiteira pelo uso dos dejetos dessa produção, contribui na adubação do pasto e na produção de grãos. O resultado é a ausência de impacto ambiental da suinocultura familiar.
O resultado é a ausência de impacto ambiental na suinocultura familiar, um diferencial que pode resultar em maior renda para os produtores e na oferta ao mercado de um produto totalmente agroecológico.

Diferente do sistema convencional intensivo ou industrial, a produção familiar não permite a mistura de leitões de diferentes fêmeas, o que gera menos estresse para os animais, além de melhor sanidade e bem-estar para eles, reduzindo perdas na produção.

Utilizando técnicas como a da cama sobreposta, também conhecida por “deep bedding” – desenvolvida pela Embrapa Suínos e Aves -, a produção de suínos torna-se mais econômica para o pequeno produtor, pois evita a compra de remédios usados em tratamentos preventivos e proporciona maior conforto aos animais.

A suinocultura permite aos pequenos agricultores a diversificação da produção, diminuindo os riscos de se ter apenas uma atividade como principal fonte de renda. Por este prisma, o agricultor familiar toma iniciativas práticas sobre todo o processo apoiado também em culturas consorciadas, aumentando as chances de sucesso econômico.

Na última década, a suinocultura brasileira teve um crescimento significativo em volume de exportações, participação no mercado mundial, número de empregos diretos e indiretos, entre outros. Atualmente, o consumo de carne suína por pessoa é de 15 quilos ao ano no Brasil, enquanto na Europa a média passa dos 40 quilos per capita. Ou seja, potencialmente a atividade ainda tem muito para crescer no país. E os agricultores familiares são os protagonistas desta evolução.

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