Nos dias 11, 12 e 13 de abril de 2025, a TV CONAFER transmitiu as finais do Campeonato Nacional de Futebol Indígena, em Brasília, atraindo excelentes públicos no estádio Bezerrão, no Gama-DF. Neste encontro entre os 5 campeões regionais, e depois de uma sequência de jogos mata-mata, a forte equipe do Brejão de Nioaque-MS, campeão do Centro-Oeste, acabou batendo em uma final eletrizante, a surpreendente Terra Indígena Ivaí, de Manoel Ribas, no Paraná, campeã do Sul. Com o resultado 3 a 1 para o Brejão, a equipe de Nioaque levou para a comunidade Brejão, do povo terena, o troféu do campeonato, 60 mil reais de premiação e o troféu do artilheiro. Depois de 5 etapas regionais e da final na capital federal, a CONAFER, com apoio do Terra Bank, da UNI, União Nacional Indígena, e da COPOA, a Confederação dos Povos Originários das Américas, deixa a mensagem importante de valorização, união e visibilidade do povos originários do Brasil. Foram realizadas homenagens à família de Galdino Jesus dos Santos, líder do povo Pataxó Hã-hã-hãe, da Nação Kariri-Sapuyá, com a entrega de um troféu para a família e para o campeão com o seu nome. O Campeonato Nacional de Futebol Indígena envolveu 2.700 atletas e 92 equipes de aldeias e etnias indígenas de todo o Brasil.
Brasília foi a anfitriã de um momento histórico: as finais do 1º Campeonato Nacional de Futebol Indígena, organizado e realizado pela CONAFER, com apoio do Terra Bank, o banco digital do campo; a UNI, União Nacional Indígena e a COPOA, Confederação dos Povos Originários das Américas. A competição é inédita no país, e chegou ao seu final reunindo durante 3 dias os 5 campeões regionais para a grande decisão no palco do Bezerrão, no Gama-DF. Estava em disputa o troféu “Galdino Pataxó Hã-hã-hãe, da Nação Kariri-Sapuyá”, em homenagem ao indígena Galdino Jesus dos Santos, assassinado em Brasília, em 1997, um símbolo da luta e resistência dos povos originários brasileiros.



As equipes disputaram 4 jogos até chegarmos ao campeão nacional. Do Nordeste, a Seleção Pataxó de Coroa Vermelha, de Porto Seguro, Bahia, ganhadora do 3º lugar; do Sudeste, a Seleção Pataxó Imbiruçu, de Carmésia, Minas Gerais; do Sul, a Terra Indígena Ivaí, de Manoel Ribas, Paraná, vice-campeã; do Centro-Oeste, o campeão Brejão, de Nioaque, Mato Grosso do Sul e do Norte, a Seleção Hunikuin, de Feijó, Acre.


Na decisão, a equipe do Brejão venceu a Terra Indígena Ivaí pelo placar de 3 a 1, em um jogo emocionante e cheio de alternativas. A equipe do Brejão de Nioaque saiu na frente do placar, com a Terra Indígena Ivaí conseguiu o empate ainda no primeiro tempo. Na sequência do jogo já no segundo tempo, as equipes mudaram a formação tática e realizaram algumas trocas, com a equipe do Brejão conseguiu ser superior boa parte da etapa complementar, fazendo mais dois gols. Não sem antes superar a luta da Terra Indígena Ivaí, que foi batida pelo placar de 3 a 1. Números finais que deram o título de campeão nacional ao Brejão de Nioaque.

A finalidade do 1º Campeonato Nacional de Futebol Indígena foi cumprida: valorizar a cidadania, a inclusão social, a cultura e autonomia dos povos indígenas brasileiros, apoiando o esporte entre as nações originárias e resgatando a tradição do futebol praticado pelos indígenas em seus territórios. Ao dar visibilidade às causas indígenas, o projeto fortalece o conceito de coletividade das comunidades por meio da prática desportiva, incentivando o desenvolvimento de jovens atletas em âmbito nacional. A partir de agora, o desafio será a continuidade com novas edições. Torcida para a continuação deste trabalho da CONAFER não vai faltar.